12/04/2021 07:00
Advogada perde R$ 14 mil em golpe de casal de 'construtores': fez várias vítimas
Suspeito nega que seja criminoso e que iria devolver os valores ''quando puder''
O sonho da advogada Rosana Duraes dos Santos, 58 anos, de reformar a nova casa, foi por água abaixo, em Campo Grande. Ela foi vítima de um golpe, aplicado por um casal de construtores e e perdeu R$ 14 mil. Agora, faz um alerta para que outras pessoas não caiam nas lábias dos criminosos.
O drama de Durães começou no início de março, quando ela comprou um imóvel e precisava reformar. A indicação do suspeito veio pela internet e também de um depósito de materiais de construção.
A advogada relata que o suspeito e a mulher se apresentaram como ''Marido e Esposa de Aluguel''. Eles disseram que são de Curitiba (PR) e que estavam na Capital há cerca de um ano. Um contrato de R$ 20 mil foi celebrado entre as partes, no nome da esposa do ‘’profissional’’.
Rapidamente, o homem fez algumas preparações para as obras, o que causou uma boa impressão para a cliente. No entanto, não passou disso.
‘’Ele tem um papo maravilhoso e me prometeu uma coisa espetacular. Mas depois, ficou no ‘eu vou hoje’... ‘vou amanhã’, e nunca foi’’, lamentou a defensora.
Depois de vários adiamentos, Rosana passou a duvidar do construtor e teve certeza quando viu uma foto postada por ele sobre um serviço em outra casa. Com a ajuda da filha, descobriu que o local do imóvel e viu que uma senhora humilde também havia sido lesada pelo golpista. Na sequência, mais duas vítimas apareceram.
Em 29 de março, a advogada procurou a polícia e registrou queixa. Depois, descobriu que o suspeito tem longa ficha criminal, por estelionado, inclusive tendo participado de um motim em um presídio.
Rosana destaca o perigo que correu ao lidar diretamente com o suspeito.
‘’Ele estava todo dia comigo na obra. Chegou a ir comigo na Leroy Merlin’’, observa a profissional. Ela já acionou a Justiça para tentar bloquear os valores da conta da mulher do suspeito, que teria envolvimento direto no crime.
Apesar de não ir mais na obra, o suspeito respondia os questoinamentos por meio do WhatsApp. Porém, ao ser cobrado, ameaçou bloquear a cliente.
''Para de ligar, se não não ocnsigo fazer nada. Me dá um tempo'', disse o construtor. O drama das outras vítimas serão tratados em uma outra reportagem.
O que diz o acusado
Achado em um dos vários telefones que divulga, primeiro o homem disse que não cometeu crime e tem todas as provas. Ele ressaltou que não poderia falar por ligação comum ''de jeito nenhum'', somente por WhatsApp.
O construtor reconhece que não concluiu as obras e alegou problemas pessoais, sendo um a separação da mulher. Ele disse que tentou acordo com a advogada, mas que esta passou a lhe ofender nas redes sociais, o que o irritou.
Questionado se iria devolver os valores, o suspeito disse que, para que isso ocorresse, as cobranças e ofensas contra ele deveriam parar. Também apontou que um advogado está fazendo o cálculo dos valores, mas não citou o nome do profissional. Sobre as passagens policiais, ela admitiu um crime de furto, mas que ''já pagou tudo certinho''.
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