O vereador e médico Dr. Jairinho (Solidariedade) e sua namorada, Monique Medeiros, são oficialmente investigados pela morte de Henry Borel, de 4 anos, pela Polícia do Rio de Janeiro. As informações são do site Uol.

Henry deu entrada em um hospital da cidade no dia 8 de março, já sem vida. Para aumentar as suspeitas, o padrasto e a mãe do menino não compareceram à reconstituição daquela noite, realizada na semana passada, no apartamento do parlamentar na Barra da Tijuca.

A defesa alegou que ambos estão abalados emocionalmente e pede nova reprodução simulada. Monique estaria com quadro de depressão e o advogado do casal gostaria de tempo para prepara-los.

"Na melhor data para as autoridades. Só pedimos que seja avisado com 96 horas de antecedência. Ainda estamos aguardando. Eles são testemunhas de um episódio", falou André França.

Na simulação realizada no último dia 1º, a Polícia Civil levou em consideração as versões de que o menino teria caído da cama. Os agentes avaliaram todas as formas que Henry poderia ter sofrido as lesões. O laudo deve ficar pronto no fim de semana.

A necropsia de Henry aponta que a criança sofreu múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores", "infiltração hemorrágica" na parte frontal, lateral e posterior da cabeça, "grande quantidade de sangue no abdômen", "contusão no rim" e "trauma com contusão pulmonar".

As autoridades não falam em prisões. Mas a perícia nos telefones da mãe e do padrasto verificaram que algumas mensagens foram apagadas, obrigando a utilização de uma tecnologia capaz de recuperar esses dados excluídos.

O pai do menino, Leniel Borel, chegou a organizar uma carreata pedindo justiça pela morte do filho, mas adiou o evento. O engenheiro alega que, momentos após a morte de Henry, Jairinho teria dito: "Vida que segue. Faz outro filho".

Até o momento o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), já ouviu 17 pessoas.