30/03/2021 19:00
Acabou: regiões de Campo Grande e Corumbá estão sem leitos; Bolsão está perto do colapso
Campo Grande está com dificuldade na aquisição de novos leitos e diante dos 346 disponíveis, pacientes com covid-19 ocupam 63% desse total
Mato Grosso do Sul enfrenta uma grave superlotação dos leitos hospitalares destinados a pacientes da covid-19 e de outras emergências. Nesta terça-feira (30), dados atualizados pelo boletim epidemiológico da SES (Secretaria de Estado de Saúde), mostram que a região de Campo Grande está com 102% de ocupação.
A região de Corumbá também preocupa por estar há alguns dias batendo os 100% de ocupação. O boletim mostra que 71% dos pacientes que ocupam os 24 leitos ofertados estão destinados a pacientes infectados.
Campo Grande está com dificuldade na aquisição de novos leitos e diante dos 346 disponíveis, pacientes com covid-19 ocupam 63%, suspeitos 9% e não covid-19 está com 30% de ocupação.
As regiões de Dourados e Três Lagoas também sofrem com o avanço da pandemia e vivem situação de colapso. Recentemente, o atendimento da segunda maior cidade do Estado ficou superlotado e encarou índices acima dos 100%, mas agora, conta com ocupação de 89%.
Por outro lado, Três Lagoas atende em situação de 92% dos 60 leitos disponíveis.
Ministério autoriza mais leitos
O Ministério da Saúde autorizou a implantação de 91 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar pacientes que estão com covid, em Mato Grosso do Sul. A portaria foi publicada nesta terça-feira (30) no Diário Oficial da União e as estruturas serão instaladas em 9 municípios.
De acordo com o documento, o recurso é financiado pelo Bloco de Manutenção das Ações e Serviços Públicos de Saúde - Grupo Coronavírus, que é disponibilizado de forma mensal aos estados e municípios, valor este que supera os R$ 47 milhões.
Dessa forma, Campo Grande receberá 25 leitos que estarão divididos entre a Santa Casa, Clínica de Campo Grande e Hospital El Kadri. Corumbá, Dourados, Naviraí, Ponta Porã e Três Lagoas recebem 10 novos espaços, enquanto Jardim recebe 6, Coxim e Costa Rica recebem 5 leitos cada.