29/03/2021 19:25
Com apoio de Reinaldo, governadores repudiam violência e fake news na pandemia
16 gestores estaduais assinaram uma carta dirigia ao presidente e ao Congresso
Governadores de 16 unidades da federação divulgaram, nesta segunda-feira (29), uma carta de repúdio contra a crescente onda de violência em razão de medidas adotadas por eles na pandemia da covid-19. Os gestores criticaram também a divulgação de fake news.
O manifesto, intitulado ‘’Queremos Verdade e Paz’’, foi liderado pelo governador da Bahia, Rui Costa, do PT e contém a assinatura de Reinaldo Azambuja, de Mato Grosso do Sul.
Aliás, foi em Salvador, neste domingo (28), que o soldado da Polícia Militar baiana, Wesley Góes, foi morto a tiros por outros policiais, depois de atirar com fuzil em um aparente surto psicótico.
Segundo Rui Costa, alguns parlamentares apoiadores do presidente Bolsonaro disseram que o surto do PM foi motivado pelas medidas de isolamento social severo imposto pelo governo do local.
"Os governadores manifestam sua indignação em face da crescente onda de agressões e difusão de fake news que visam a criar instabilidade institucional nos Estados e no País", diz trecho da carta.
‘’A deputada Bia Kicis, presidente da CCJ, a comissão mais importante da Câmara, insuflou bolsonaristas nas redes sobre a morte do PM, afirmando que "chega de cumprir ordem ilegal". Depois, apagou a publicação’’, diz outro ponto do manifesto.
Em relação às fake news, os governadores dizem que apoiadores do governo espalham notícias sem fundamento sobre as verbas federais repassadas aos estados.
Conforme explicado na carta, nas redes sociais, internautas sugerem que os governos estaduais pegaram o dinheiro destinado ao combate à covid para honrar outros compromissos ou até mesmo roubar os valores.
Além de Reinaldo Azambuja, do PSDB e Rui Costa, da Bahia, assinaram o manifesto os seguintes governadores:
Flávio Dino (MA), Helder Barbalho (PA), Paulo Câmara (ES), João Doria (SP), Ronaldo Caiado (GO), Mauro Mendes (MT), Eduardo Leite (RS), Camilo Santana (CE), João Azevêdo (PB), Renato Casagrande (ES), Wellington Dias (PI), Fátima Bezerra (RN), Belivaldo Chagas (SE) e Waldez Góes (AP).