24/03/2021 14:28
Simone volta cobrar CPI da Covid e mudança de postura de Bolsonaro
A senadora de MS acredita ser preciso de mais ações para frear a pandemia, mas espera mudança de postura ou engrossa o coro pela CPI
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) cobrou mudança de postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia e voltou a citar, nesta terça-feira (23), em sessão no plenário, a criação da CPI da Covid para apurar atuação do Governo Federal no enfrentamento a doença.
A sul-mato-grossense acredita ser preciso ter mais ações, embora tenha ressaltado o trabalho da comissão da covid, mas espera uma atitude mais enérgica do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
"Se não tivermos uma mudança de posicionamento do Presidente da República, nós estaremos engrossando o coro a favor da CPI da Pandemia. Não é possível mais. Há um limite entre a omissão e a prevaricação. A prevaricação passa a ser crime”, disse.
Simone criticou a maneira que o governo federal tem estabelecido as questões com a pandemia. “Não teremos vacinas suficientes e a tempo para acabar com essa carnificina. Não temos leitos, não temos UTI, não temos oxigênio, não temos insumo, não temos medicamentos para intubar os nossos pacientes".
No plenário virtual, a senadora ainda pediu para Bolsonaro repensar nas atitudes para ajudar a população a respeitar as regras de distanciamento e o uso de máscara. Tebet ainda aproveitou para lembrar da situação de Mato Grosso do Sul que vive colapso no sistema de saúde e 'está no limite do tolerável'.
“Se [Bolsonaro] não mudar o discurso de ‘vacina ou economia, saúde ou emprego, como se fossem coisas distintas, o que, na realidade, não são, pois são os dois lados da mesma moeda. Se o Presidente da República não vier a público dizer que apenas o afastamento – não estou falando de lockdown, mas apenas de afastamento, do distanciamento social – é capaz de salvar vidas e que máscaras, sim, são necessárias e precisam ser distribuídas gratuitamente para a população brasileira, repito, V. Exa. terá que instalar a CPI da Pandemia”, finalizou.