CORONAVÍRUS

20/03/2021 09:30

Após um ano e 290 mil mortes, CFM abandona cloroquina e agora fala em vacina

Presidente da entidade é de Campo Grande e foi protagonista de escândalo em hospital público

20/03/2021 às 09:30 | Atualizado 20/03/2021 às 12:37 Thiago de Souza
Reprodução Facebook

O Conselho Federal de Medicina, presidida pelo ex-presidente da entidade em Mato Grosso do Sul, Mauro Luiz de Britto Ribeiro, parece ter abandonado o discurso do negacionismo, porém com um ano de atraso. A entidade já foi defensora da hidroxicloroquina e agora defende vacina e isolamento social contra a covid. 

Em post na rede social da entidade, o CFM diz que a vacina é a ‘’nossa principal chance de vencer a pandemia... ‘’, diz trecho da publicação no Twitter. 

Ainda conforme o texto postado, o Conselho diz que, enquanto a maior parte da população não for vacinada, o distanciamento social é a melhor estratégia para evitar a contaminação. 

‘’Por isso, o CFM alerta que mantenhamos as medidas de distanciamento social, o uso de máscara e a higienização das mãos’’, escreveu a entidade. 

OMISSÃO

Durante boa parte da pandemia, tanto o CFM quando o CRM-MS, se omitiram em relação ao caos vivido na saúde pública de todo o País. 

Em vez de cobrar melhor estrutura e insumos para os médicos salvarem vidas, as entidades defendiam a prescrição de medicamentos sem qualquer eficácia comprovada contra a doença

Bolsonaro e bolsonaristas, inclusive, se apoiaram em indicações dos conselhos para manter firme o discurso em favor da cloroquina. 

ESCÂNDALO

Mauro Luiz de Britto Ribeiro foi diretor-clínico da Santa Casa por anos. Ele foi investigado por receber dinheiro público sem ter ido a centenas de plantões no hospital. 

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