Campo Grande

17/03/2021 14:57

Por vacina e contra reajuste zero, policiais civis 'cruzam os braços' em MS

Sindicato dos policiais rodoviários federais também participou

17/03/2021 às 14:57 | Atualizado 17/03/2021 às 15:10 Thiago de Souza e Willian Leite
Reprodução Facebook

Policiais civis e rodoviários federais que atuam em Mato Grosso do Sul protestaram contra medidas do Governo Federal, na tarde desta quarta-feira (17), em Campo Grande. Eles pedem que sejam incluídos como prioritários na vacinação e são contra o congelamento salarial das categorias até 2036. 

Conforme Tony Messias, diretor do Sindicato dos Policiais Civis de MS, a categoria vem sofrendo discriminação por parte do governo desde a reforma da previdência. 

‘’Agora teve a PEC Emergencial [que congela salários de servidores públicos] e a próxima é a reforma administrativa onde seremos discriminados’’, lamentou o sindicalista. 

Messias acrescentou que, embora os policiais estejam mais expostos a contrair a covid-19, não foram colocados como prioritários, algo que considera falta de respeito da atual gestão. 
Ainda segundo Tony, acompanhado por um grupo de 15 agentes da PCMS, essa manifestação é apenas um sinal para cobrar mais respeito do governo. Ele não descarta uma paralisação dos trabalhos como forma de pressionar as autoridades. 

PRFs

Vanderlei Alves, que é diretor do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de MS, explicou que esses manifestos são organizados nacionalmente, por meio da União dos Policiais do Brasil. 

Alves criticou a forma como a PEC 186, conhecida como PEC Emergencial, tramitou no Congresso. 

‘’O Governo fez uma chantagem ao vincular a PEC com o auxílio emergencial. Não somos contra o auxílio emergencial, o problema é que ficaremos com os salários congelados até 2036’’, justificou o protesto. 

Sobre as vacinas, ele também fez críticas por conta dos agentes não serem prioritários e lamentou que até a massa carcerária vai ser imunizada antes dos policiais.