CORONAVÍRUS

09/03/2021 09:30

Um ano após início da pandemia, MS enfrenta novo caos com hospitais lotados

Medidas mais rígidas serão divulgadas pelo governo de MS

09/03/2021 às 09:30 | Atualizado 09/03/2021 às 10:14 Nathalia Pelzl
Saul Schramm

Em março do ano passado, o caos se instalava em Campo Grande e Mato Grosso do Sul, com hospitais com lotação máxima e o aumento de casos de covid-19. 

Agora, exatamente um ano depois, o cenário se repete. Ontem (8), conforme divulgado pela SES, Secretaria de Estado de Saúde, Campo Grande e Dourados atingiram lotação máxima no número de ocupação de leitos de UTI. 

À tarde, durante coletiva de imprensa, o secretário estadual de Saúde, Geraldo Resende voltou a fazer apelo por medidas mais duras ao anunciar a intubação de 11 pacientes no Hospital Regional. 

O hospital está ocupando espaços como centro cirúrgico e salas de esperas para realizar os atendimentos. Os pacientes que chegaram na unidade faziam uso de respiradores manuais. 

Ainda ontem, a diretora-geral do Hospital Regional, Rosana Leite, também lamentou a situação em entrevista para uma emissora local de TV.

Conforme Leite, na unidade está faltando leitos, remédios e oxigênio aos pacientes. Ela relatou que há 118 pacientes intubados, sendo que, além disso, 50 fazem uso de máscaras de oxigênio. 

Na manhã de hoje (9), o TopMídiaNews questionou a SES e também a SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) para saber se há e quantos são os pacientes que aguardam leitos de UTI em Mato Grosso do Sul e Campo Grande, respectivamente, porém, ainda não houve retorno. 

Medidas duras 

O governador do Estado, Reinaldo Azambuja, está em conversa com os prefeitos dos municípios para adoção de medidas mais rígidas, entre elas, o toque de recolher com horário estendido. Atualmente, a medida vale das 23h às 5h. Geraldo Resende defende que seja adotada das 20h às 5h, como no início da pandemia, entretanto, ele ponderou que se chegar às 21h já é algum avanço. 

A live com as novas medidas será às 10h.