Algo mais

06/03/2021 15:15

Vilãs nos filmes, madrastas da vida real mostram que há muito mais na relação com enteados

Madrastas tentam mostrar que não existe vilão e mocinho em nenhuma história real

06/03/2021 às 15:15 | Atualizado 05/03/2021 às 13:07 Nathalia Pelzl
Como não tem contato, Alexsandra não possui fotos com a enteada; Kátia, apesar de ser próxima, não possui costume de fotos - Arquivo pessoal

Em vários contos de fada, filmes ou novelas da ficção, a relação da madrasta com os enteados não é vista com bons olhos. 

No significado da palavra, conforme o dicionário, madrasta é aquela que é casada, ou mantém um relacionamento amoroso, com o pai de alguém, mas não é a mãe da criança. 

A reclamação é sobre precisar ficar provando que não há vilão na história. Em alguns casos, nem sempre é possível uma boa relação. 

O TopMídiaNews entrevistou duas mulheres que cumprem esse papel. 

De um lado, a dona de casa Alexsandra de Melo, 44 anos, que não tem uma boa relação com a enteada e prefere manter distância. 

"Tinha 17 anos e ela 5 quando me tornei madrasta. Ela não morava aqui, morava em Fátima do Sul. Aos 12 anos, veio para cá e morou dois meses com a gente”, revela. 

“O primeiro mês foi de boa, até ela começar a ir visitar a mãe dela, aí ela voltava e começava a xingar minhas filhas e eu também. Desde então, não deu mais certo e ela acabou voltando a morar com a mãe”. 

Depois disso, conforme explica a dona de casa, foi só ‘ladeira abaixo’ e nunca mais foi possível uma relação 100% saudável. “Não deu e não dá certo, o pai pagou a pensão certinho, mas também não teve muito contato”, finaliza. 

Já a vendedora Kátia Cibele, 40 anos, tem dois enteados, de 21 e 17 anos. Ela conta que conhece os dois há 5 anos, um inclusive, ainda era muito pequeno. 

“Os dois são de mães diferentes, o mais velho morou comigo por quase dois anos, a gente se dava super bem. Tínhamos de fato uma relação de mãe e filho”, explica.

Conforme a vendedora, quando mais jovem, o menino chegou a dizer que gostava mais dela do que da mãe. 

“Por isso acabou vindo morar comigo e com o pai dele, mas aos 12 anos, ele e o pai começaram a não se dar bem, aí ele voltou a morar com a mãe”. 

Já com o mais novo, Kátia explica que o contato foi menor. “Ele ficava mais com a mãe e vinha mais aos finais de semana”. 

Na visão de Kátia, a relação com ambos é tranquila e foi construída ao longo dos anos.

Às duas destacam que é preciso que mesmo que a relação não seja boa, o respeito deve ser mantido.