Campo Grande

01/03/2021 17:00

Na véspera do aniversário, Sandra viu a bebê 'morrer e ressuscitar' após atropelamento no Tijuca

Maria Eduarda ficou uns 15 minutos sem responder e mãe pensou no pior

01/03/2021 às 17:00 | Atualizado 01/03/2021 às 16:20 Thiago de Souza
Sandra e Maria Eduarda - Arquivo pessoal

Um simples passeio de bicicleta com a filha de dois anos foi o dia de maior angústia na vida da confeiteira Sandra Pereira Pinheiro Basualdo, 41 anos, no Jardim Antártica, em Campo Grande. Ela aproveitava o fim de semana e a véspera do aniversário, quando viu a pequena ser atropelada por uma moto e ficar desacordada, no Jardim Tijuca. 

O caso ocorreu no último domingo, por volta das 19h. Sandra chamou o filho, de 15 anos, e a Maria Eduarda para o passeio, diversão preferida da pequena. Ao entrar em uma rua de chão, deserta, que cruza com a avenida Souto Maior, o pior aconteceu. 

‘’Ela estava na cadeirinha da bicicleta do meu filho e eu estava a uns metros atrás. Eu lembro que eu gritei ‘filho, olha a moto’, e depois só vi a minha filha no chão’’, relembra a confeiteira. 

Sandra conta que desceu correndo da bicicleta e viu a filha caída. 

‘’Minha filha bateu a cabeça num pedregulho, ficou desacordada, com os olhos virados para cima. Comecei a chamar, mas ela não voltava, aí eu entrei em desespero’’, conta emocionada a mãe. 

Populares auxiliaram Sandra e a ajudaram a chamar o socorro. ‘’Aí depois de um tempo ela começou a dar uma ‘gemidinha’. Mesmo assim eu pensei: ‘ou ela quebrou alguma coisa ou está morrendo’’, recordou novamente. 

                                                                                        

                                                                                                              Sandra, o filho e a bebê viveram noite de agonia no Jardim Tijuca. (Foto: arquivo pessoal)

Sandra e a filha foram para a Santa Casa, onde a criança passou por exames de imagem e ficou internada até cerca de 1h30. Ela celebra o fato da menina não ter tido fratura ou coágulo. 

No dia seguinte, o do aniversário dela, Sandra conta que acordou chorosa e lembra que a data foi um misto de angústia e alívio. Maria Eduarda passou o dia sem complicações, mas quieta e só queria o colo da mãe. 

‘’Vivi uma sensação de perda. Foi horrível, mas digo que eu sou uma ‘xodozinha’ de Deus. Ele cuidou da minha filha, só sinto gratidão, pois a saúde da minha família é o que importa’’, refletiu. 

A confeiteira destaca que o motociclista não fugiu da cena do acidente. Ele havia sido retido pelo filho dela para que prestasse esclarecimentos. No entanto, pediu permissão para ir para casa e Sandra autorizou.