28/02/2021 15:05
Álcool ou gasolina? Saiba como calcular e ver o que compensa abastecer em MS
O litro do álcool chegou ao preço médio de R$ 3,86 na primeira quinzena de fevereiro
O preço da gasolina disparou nos últimos meses devido à valorização do dólar e da alta no preço internacional do petróleo e a expectativa de muitos motoristas era de que o álcool (etanol hidratado) seja uma opção bem mais vantajosa.
De acordo com o governador Reinaldo Azambuja (PSDB), Mato Grosso do Sul baixou o preço de impostos do diesel e do álcool para aumentar o consumo.
Segundo a empresa de gestão de frotas Ticket Log, o litro do álcool chegou ao preço médio de R$ 3,86 na primeira quinzena de fevereiro, sofrendo uma alta de 2,1% em relação a janeiro.
No mesmo período, a gasolina subiu 4,5%, alcançando a média de R$ 5,03 por litro. Para saber o que é mais vantajoso, o consumidor deve ter na ponta da caneta que o álcool rende 30% a menos que a gasolina e só vale a pena do ponto de vista econômico se o litro custar até 70% o da gasolina.
Conforme o site Uol, mesmo que a produção seja quase que toda nacional, (principalmente a cana-de-açúcar), o álcool sofre influência direta da cotação do dólar.
O preço do açúcar no mercado internacional, a procura por álcool em gel, a safra da cana e os impactos da pandemia na indústria de combustíveis também explicam por que o preço do álcool subiu tanto.
“Se nós analisarmos, nós já fizemos em Mato Grosso do Sul. Nós baixamos a alíquota do diesel de 17% para 12%. Nós baixamos a alíquota do álcool e, na época, eu expliquei que um dos motivos é que o Estado é produtor de álcool e não produtor de petróleo. Nós aumentamos a da gasolina e hoje é mais vantajoso abastecer com álcool em Mato Grosso do Sul. Se você ver as métricas da ANP (Agência Nacional do Petróleo), hoje o Estado é que cobra o menor valor de álcool do Brasil”, disse o governador Reinaldo Azambuja.
Reinaldo destaca que a questão tributária deve ser discutida de forma ampla e não em partes fatiadas. Ele falou que o Fórum dos Governadores pediu, em carta, um fundo de compensação ao governo federal como condição de retirada do ICMS. Para ele, a reforma tributária é crucial.