Polícia

13/02/2021 17:20

Mulher acusada de torturar filhos volta para cadeia após seis dias de soltura

Ela está grávida de oito meses

13/02/2021 às 17:20 | Atualizado 13/02/2021 às 16:07 Dany Nascimento
Polícia Civil investiga caso em que criança era amarrada com cadarço pelo tornozelo - Polícia Civil/Divulgação

Uma mulher, que não teve a identidade revelada, suspeita de torturar os filhos, em Arapongas, na região norte do Paraná, voltou a ser pela Polícia Civil. Ela e o marido foram presos no início de fevereiro após denúncias de tortura contra os filhos de quatro anos e 10 meses. 

A suspeita foi solto no último domingo (7), mas voltou a ser detida. De acordo com o G1, a delegada Thais Orlandini Pereira disse que a Polícia Civil ouviu novas testemunhas que disseram que a mulher maltratava o filho de quatro anos.

"Noticiaram ter avistado a genitora da criança andando com ela na rua com uma corda amarrada, como se fosse um animal. Com o laudo pericial que constou a prática de tortura, a Polícia Civil representou novamente pela prisão preventiva", afirmou.
O mandado de prisão foi deferido e expedido pela Justiça na noite de sexta. A prisão foi feita pela Polícia Civil e Guarda Municipal.

A Justiça argumenta que a prisão é necessária para resguardar as vítimas que, conforme o despacho, passaram por sofrimento físico e psicológico. O juiz entendeu que há risco da investigada fugir ou ocultar provas. A mulher está grávida de oito meses.

O pai das crianças, que também é suspeito de torturar os filhos, continua preso. Os filhos foram encaminhados para um abrigo.

O caso

O casal foi preso no dia 5 de fevereiro depois de uma denúncia feita pelo Conselho Tutelar.

Conforme a Polícia Civil, a criança mais velha era amarrada com um cadarço de sapato pelos tornozelos e se alimentava no chão. O menino estava com vários hematomas e cicatrizes no corpo, segundo o Conselho Tutelar.

Além disso, segundo a polícia, a casa onde a família estava apresentava condições insalubres. As crianças ficavam no chão em meio a bitucas de cigarros e móveis espalhados.

Em depoimento à polícia, o pai das crianças contou que, enquanto a mulher trabalha em uma padaria ao longo do dia, é ele quem cuida dos filhos.

Além disso, o homem alegou que não maltrata a criança e que tudo não passa de um mal entendido com a mãe da esposa porque ela quer a separação do casal.