Cidades

18/01/2021 13:48

Na pandemia, 63 trabalhadores são resgatados em condições de escravidão em MS

Além disso, MPT-MS acompanha 41 outros casos de escravidão no Estado

18/01/2021 às 13:48 | Atualizado 18/01/2021 às 12:52 Vinicius Costa
Divulgação/MPT-MS

Mesmo com a pandemia, o MPT-MS (Ministério Público do Trabalhado de Mato Grosso do Sul) atuou no resgate de 63 trabalhadores que estiveram em situações precárias, condições analógas a de escravidão no Estado em 2020. Os trabalhadores viviam em quatro estabelecimentos diferentes nas áreas rurais.

Para efeito de comparação, o número de trabalhadores é 46% superior ao de 2019, na época, 43 trabalhadores foram flagrados e resgatados em condições de escravidão em seis propriedades rurais.

Em junho do ano passado, uma das operações flagrou 24 trabalhadores indígenas da etnia Guarani Kaiowá em situações deploráveis. Os indígenas eram aliciados por um empreiteiro para coletar mandioca em uma fazenda na cidade de Itaquiraí. Os demais resgatados foram flagrados em trabalhos de criação de bovinos e cultivo de soja nas cidades de Corumbá, Nioaque e Porto Murtinho.

O MPT-MS, ao todo, recebeu 1.251 denúncias e ajuizou 101 ações civis públicas. Além disso, o ministério também celebrou 259 TACs (Termos de Ajuste de Conduta) relacionados ao trabalho escravo no país.

A pecuária e o cultivo do café, atividades econômicas do Brasil, estão com o maior número de trabalhadores que vivem nas condições de escravidão. O MPT explica que existe 1,7 mil procedimentos em investigação e 41 casos são acompanhados pela unidade do ministério do trabalho de Mato Grosso do Sul.