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13/01/2021 15:34

Deputada incentiva denúncias após números alarmantes de abusos e agressão infantil

“Uma realidade dura, que nos deixa perplexos”, disse a deputada estadual Rose Modesto nas redes sociais

13/01/2021 às 15:34 | Atualizado 13/01/2021 às 15:20 Mariana Rodrigues
Mais de 85% dos casos de violência são intrafamiliares, ou seja, ocorrem entre familiares - Wesley Ortiz/Arquivo

A deputada estadual Rose Modesto usou as redes sociais para incentivar a população a denunciar casos de agressão e abusos causados às crianças e adolescentes. Só em Campo Grande foram mais de 2 mil denúncias pelo Disque 100 no ano passado.

“Temos que acabar com essa triste realidade!! Mais de 600 casos de crianças e adolescentes molestados, abusados, estuprados em Mato Grosso do Sul no ano passado. É muita agressão a quem precisa de amparo!!”, escreveu a deputada em suas redes sociais.

De acordo com a publicação, mais de uma criança é abusada todos os dias. “Uma realidade dura, que nos deixa perplexos”.

Em Campo Grande, no ano passado, foram mais de 2 mil denúncias pelo Disque 100, porém, destas, apenas 10% viram inquérito, conforme informações de Rose Modesto.

A deputada também alerta para os casos cometidos dentro do âmbito familiar e lembra que é necessário vencer o medo para denunciar. “O mais grave é que 8 em cada 10 casos ocorrem entre familiares e pessoas próximas. Temos que zelar pela integridade daqueles que não conseguem se defender!! Não tenha medo! Disque 100 (DPCA) ou Disque 181 (PM)”, enfatiza.

Dados Depca

Em 2020, conforme dados divulgados Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente), apenas na Capital de Mato Grosso do Sul foram registrados 2.143 boletins de ocorrência relacionados à violência e crimes cometidos contra crianças e adolescentes. E o total de 496 refere-se a estupros de vulneráveis.

“Mais de 85% dos casos de violência são intrafamiliares, ou seja, ocorrem entre familiares e pessoas próximas”, ressalta a delegada titular da Depca, Marília de Brito. “Em grande parte, as principais vítimas são meninas e as que tiveram os cuidados e educação mais terceirizados, porém, ninguém está livre dos abusadores. Há situações de vários tipos”.