21/12/2020 19:46
Advogada vegana ganha liberdade após ‘má alimentação’ na cadeia
Juíza substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares
A Justiça de Goiás concedeu liberdade provisória a uma advogada vegana que alegou ter complicações de saúde pela alimentação inadequada no sistema penitenciário. De acordo com os autos, a prisioneira comia apenas cenoura e quiabo desde que foi detida e precisou ser levada às pressas a um hospital, onde foi internada em estado grave.
A juíza Placidina Pires, da Vara Dos Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, argumentou em sua decisão que a defesa demonstrou que, por ser vegana, a advogada necessitava de alimentação adequada não fornecida pela unidade prisional.
Placidina substituiu a prisão preventiva por medidas cautelares, como o uso de tornozeleria eletrônica. A ré também não poderá mudar de endereço nem se ausentar por mais de oito dias de sua residência sem aviso e autorização prévia.
Segundo o ÉPOCA, a mulher é suspeita de integrar uma organização criminosa especializada na exploração de jogos de azar e a consequente lavagem do dinheiro obtido com as práticas ilícitas. O grupo atuaria dividido em três núcleos, com a ré desempenhando a função de subgerente, supostamente responsável por uma das casas de jogo controladas.
De acordo com o advogado Roberto Luiz da Cruz, a ré já teve alta do hospital e está em casa sob monitoramento eletrônico.