A PMA (Polícia Militar Ambiental) se deparou com uma história de cortar o coração ao atender uma denúncia de maus-tratos em Três Lagoas: um cavalo em estado terminal e o dono, um catador de recicláveis de 79 anos, sem condições de dar uma vida digna ao companheiro de estrada.

O caso aconteceu na sexta-feira (11). A PMA recebeu a denúncia e foi verificar a situação, encontrado o animal deitado em um terreno, em tal condição que não conseguia mais se levantar. No entanto, não era falta de zelo do dono, mas sim falta de condições financeiras.

Segundo a polícia, o idoso comprovou que alimentava o cavalo e providenciava água e sombra, além de remédios, quando necessário, e até um pequeno colchão. Ele contou que usou o animal muito tempo para o transporte de recicláveis, mas que ele adoecera e agora fazia o que podia para dar conforto ao amigo, embora soubesse que o cavalo estava em fase terminal.

O catador foi instruído a providenciar atendimento veterinário adequado e, posteriormente, a remover o cavalo à zona rural, onde é permitida a criação de animais de grande porte. No entanto, diante da situação, a equipe solicitou atendimento com uma veterinária da prefeitura de Três Lagoas que, com a ajuda dos policiais, medicou o cavalo para reduzir o seu desconforto até o atendimento definitivo.

Como o animal não estava abandonado e o idoso demonstrou que estava fazendo o que podia, dentro de suas condições, ele não foi autuado por maus-tratos, pois tratava-se de uma situação que fugia ao seu controle. Ainda assim, ele foi orientado e notificado a providenciar todos os cuidados necessários ao seu cavalo, bem como sua remoção da zona urbana.