Interior

30/11/2020 12:00

Funcionários de terceirizada da Energisa entram em greve por tempo indeterminado

Concessionária afirma que atendimento não será prejudicado nas regiões da paralisação

30/11/2020 às 12:00 | Atualizado 30/11/2020 às 14:19 Rayani Santa Cruz
Divulgação

Nesta segunda-feira (30), os eletricitários da Energy, terceirizada da Energisa-MS, entraram em greve por tempo indeterminado nos municípios de Naviraí e Ponta Porã. Conforme informado pela categoria, a paralisação ocorre por conta da recusa da empresa em atender reivindicações dos trabalhadores.

Eles dizem que a adesão foi “em razão do descaso da empresa durante as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2020/2021”. Nesta manhã, os trabalhadores vão se reuniram em frente as sedes da Energy de Naviraí, e de Ponta Porã. 

A Energy tem sede em Maceió (AL) e iniciou as atividades no Estado em julho, desde então o sindicato tenta negociar o ACT. Entre as reivindicações estão o tíquete refeição de R$ 23,50 por dia trabalhado, pagamento de sobreaviso, hora extra, produtividade e hospedagem de viagem, com repasse dos valores retroativos a julho.

“São benefícios que as outras empreiteiras que atuam em Mato Grosso do Sul já pagam aos eletricitários e que esses trabalhadores recebiam quando estavam na outra empresa que atuava nessas regiões. A Energy veio de longe para explorar a mão de obra local e não atende o nosso mercado”, afirma Francisco Ferreira, diretor do Sinergia-MS.

São cerca de 120 trabalhadores que atuam nas cidades da região sul do Estado como Ponta Porã, Aral Moreira, Amambai, Antônio João, Naviraí, Sete Quedas e Paranhos. A empresa presta serviços na área de construção e manutenção de rede elétrica e serviços técnicos comerciais.

Apesar da paralisação a Energisa afirma que serviços não foram prejudicados.

Nota da Energisa

A Energisa afirma que a paralisação não compromete o atendimento realizado aos clientes pela concessionária, pois já articulou seu plano de contingência para continuidade dos serviços com equipe própria. A Energisa explica ainda que por se tratar de uma empresa terceirizada, as negociações de Acordo Coletivo de Trabalho acontecem de forma independente.