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13/11/2020 17:00

Preconceito ainda é muito grande, conta mãe de autista que recebeu pizza especial

Ela lamenta que não são todos os lugares que estão preparados para atender autistas; mercado está no topo das reclamações

13/11/2020 às 17:00 | Atualizado 13/11/2020 às 08:28 Nathalia Pelzl
Arquivo pessoal

Após usar as redes sociais para elogiar uma pizzaria que atendeu o desejo do filho autista, João Guilherme Brandão Borges Reis, 4 anos, que queria comer apenas a borda da refeição, em Campo Grande, a dona de Vanessa Ribeiro Borges, 39 anos, contou sobre preconceito, hostilidade, falta de empatia e preparo nos comércios para atender este público. 

“Já aconteceu várias vezes de sofrermos preconceito e hostilidade, principalmente em mercados, ainda não existem lugares para nossos filhos, eles possuem dificuldades de socialização”, reflete. 

No mercado, segundo ela, a situação é ainda mais gritante. “Sempre que entro na fila indicada, as pessoas olham com cara feia, aí eu respondo que ele é autista e me retrucam falando que nem parece. Só que crianças e pessoas nessas condições têm crises de irritabilidade por conta do barulho ou com muita gente no local”, explica. 

Além disso, Vanessa dá exemplos de outras mães que sofrem na pele a luta diária e preconceito. “Tenho uma amiga que luta com o filho desde os 4 anos, ele está com 10, ela também relatou sobre preconceito e que as pessoas não compreendem o que é uma criança autista”. 

ELOGIO À PIZZARIA 

João Guilherme tem grau leve de autismo e usa risperidona. Vanessa relatou ao TopMídiaNews que comprou a pizza na última terça-feira (10) e que ficou surpresa com a disponibilidade do local em atender o pedido prontamente. 

“Fiquei muito emocionada, pois a minha luta é diária, não esperava tanta empatia. Fiquei surpresa”. João tem seletividade de comida e, por isso, não come recheio.  “Ver a felicidade do meu filho em um simples gesto de comer não tem preço".