13/11/2020 07:00
Será o gafanhoto? Igrejas evangélicas de MS devem R$ 708 mil para cofres federais
Dívidas vão de FGTS até Previdência Social
Igrejas evangélicas em Mato Grosso do Sul acumulam dívidas de R$ 708 mil, segundo a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. Os débitos vão de Fundo de Garantia por Tempo de Serviço até Previdência Social. Os dados estão disponíveis para consulta pública no site do órgão.
Entre os 87 devedores, o maior débito é o do Serviço de Assistência Social e Cultural de uma das maiores congregações evangélicas do Estado, cuja entidade fica em Corumbá. O montante devido é de cerca de R$ 227 mil, sendo R$ 93.092 em dívida previdenciária; R$ 128.298,11 em FGTS e mais R$ 5.729,20 em demais débitos tributários.
Em Campo Grande são 38 igrejas com algum tipo de dívida com a Receita, totalizando R$ 319.598,45. A maior dívida na Capital é de uma igreja batista independente, com R$ 86.373,76 de débito com a previdência.
O site do órgão também lista dívidas menores, tanto de igrejas grandiosas como de pequenas. Em Campo Grande, por exemplo, uma igreja deve R$ 522.
Todos os credos
No entanto, conforme o site Congresso em Foco, outras entidades religiosas também devem à União. A maior devedora no País é a Associação das Famílias para Unificação e Paz Mundial Brasil, ligada à Igreja da Unificação do reverendo sul-coreano Sun Myung-Moon, morto em 2012. A associação cristã deve R$ 99,2 milhões à União, em débitos não especificados.
Pelo nome da associação, não consta nenhuma informação sobre débitos em Mato Grosso do Sul. No entanto, foi no Estado que a Igreja da Unificação se instalou, comprando fazendas de grande extensão, patrocinando campanhas políticas e com a criação até de um time de futebol, o Cene. Uma das maiores propriedades da igreja era a Fazenda New Hope (Nova Esperança), em Jardim.