Campo Grande

28/10/2020 09:30

Frio, assassino de Carla usa álcool e drogas para se safar de crime bárbaro no Tiradentes

Ela sabia o que fez, diz assistente de acusação

28/10/2020 às 09:30 | Atualizado 29/10/2020 às 07:12 Thiago de Souza
Campo Grande News

Marcos Andre Vilalba Carvalho depôs por 30 minutos em audiência de instrução e julgamento, na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande. O réu por matar Carla Magalhães Santana, no Tiradentes, usa a bebida e as drogas para se safar da lei. 

Conforme o advogado Fábio Ricardo Trad Filho, que atua como assistente de acusação, disse que, ao contrário do que a defesa de Marcos André alegou, o réu tinha plena capacidade dos atos, já que trabalhava, pagava contas e tinha outros afazeres normalmente. 

‘’Ele demonstrava ter senso de responsabilidade, tinha responsabilidade sobre os atos que estava cometendo’’, avaliou o criminalista. 

Além do réu, outras cinco testemunhas arroladas no processo foram ouvidas. Ao todo, a audiência durou cerca de duas horas. 

                                                                                                

                                                                                              Carla foi estuprada e morta em casa no Tiradentes. (Foto: Reprodução redes sociais)

Estupro

Ainda segundo Trad, outra estratégia da defesa é mostrar que o réu estuprou primeiro e depois matou. 

‘’...isso porque o estupro seguido de morte tem pena mais baixa do que o homicídio triplamente qualificado, além do vilipêndio a cadáver...mas isso também não procede’’, raciocina Trad. 

O assistente de acusação disse que o laudo comprova que Marcos estuprou antes de matar, matou e depois estuprou com ela morta. 

‘’E ainda depois ocultou o corpo. É um cidadão frio e mau. Tinha consciência do que fez’’, destacou Fábio Ricardo. 

Entenda

A jovem desapareceu na frente da casa onde mora na Rua Nova Tiradentes, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, no último dia 30 de junho.  Ela teria ido ao mercado comprar um café e ao retornar, gritou por socorro na frente de casa de sumiu.

A mãe a ouviu gritar “socorro, estou sendo roubada”. Ao sair do interior da casa, a mãe encontrou o celular da filha e o pacote de café.

Três dias depois, Carla foi deixada morta, na mesma esquina onde foi raptada. Cerca de duas semanas depois, a Polícia Militar e Civil descobriram que o assassino era Marcos André. Ele foi preso e confessou que estuprou e matou Carla dentro da casa dele, que é vizinha de muro da família da vítima, e manteve o cadáver por três dias dentro da residência dele.