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30/09/2020 10:04

Ator Moacyr Franco sofre assalto e apanha de bandidos

'Você pode escolher: reagir ou morrer', disse um dos bandidos

30/09/2020 às 10:04 | Atualizado 30/09/2020 às 08:47 Dany Nascimento
Reprodução/Redes Sociais

Moacyr Franco situações difíceis que já enfrentou e destaca que  aos 83 anos, foi vítima de um assalto.

“Outro dia fiquei na mão de um assaltante. Nossa, apanhei tanto, escutei tanto desaforo. Ele me deu um chute... Não há nada mais covarde do que isso, né? Você pode escolher: reagir ou morrer. Ou as duas coisas. É muito difícil se acostumar com os tapas da vida. Acho que não dá para acostumar”, disse o artista.

Segundo o G1, além do assalto, Franco relembrou a queda de uma árvore na infância.

“Me lembrei de um dia que eu ia pegar fruta na mangueira. Eu achei uma manga muito bonita. Tinha tantas que eu disse: 'Quero aquela lá, lindona'. Estávamos em três moleques. E a minha manga era muito alta. Eu escorreguei e caí de costas no chão. Eu acho que desmaiei. O que eu me lembro é dos meus amigos me jogando água na cara. A única coisa que me lembrei de falar para eles antes de 'Está doendo' foi: 'Não conta para a minha mãe'. Disso que eu me lembrava. 'Não conta para a minha mãe'. E eu não posso dormir virado para o lado esquerdo porque tenho uma ponta de costela que me incomoda. Ela fica um pouco aberta. Tenho certeza de que é desse evento. Sabe por que eu falo essas coisas aqui? Para excitar a memória de vocês (...) Dá um brilho nas memórias bonitas. É bom demais ter passado”.

Escalado para a próxima temporada de "Segunda chamada", em que viverá um senhor com Alzheimer, o ator também filosofou sobre o futuro:

“No passado a gente pode tentar mexer, esconder. O futuro é o que você quiser. Eu sou daqueles "véio" bem pessimistas. Meu futuro é horroroso. Não consigo pensar em coisa boa, entendeu? Mas que seja bem-vindo o futuro. Tomara que ele venha todo dia. Todo dia tem futuro. A geladeira está lotada de futuro fresquinho. Tomara que venha. Agora, do passado não dá para fugir. Eu, quando pintam (na memória) umas lembranças ruins, eu tento esconder”.