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Procon-MS vai intermediar dividas de motoristas de vans com financiadoras

O Sindicato do Transporte Escolar pediu ajuda porque motoristas ficaram sem renda devido à suspensão das aulas

23/09/2020 às 13:15 | Atualizado 23/09/2020 às 12:40 Rayani Santa Cruz
Divulgação Procon-MS

O presidente e o tesoureiro  do Sindicato dos Transportadores  Escolares de Mato Grosso  do Sul (Sintems), Rodrigo Aranda Armôa e André Vicente Cruz, respectivamente,  estiveram reunidos na manhã desta quarta-feira (22) com o superintendente do Procon Estadual, Marcelo Salomão.

Eles revelaram que em função da pandemia  que suspendeu as atividades nas escolas, os motoristas passaram a ter dificuldades para quitar as prestações dos veículos  financiados e que vários deles já se encontram em processo de busca e apreensão. Há casos em que se registra seis meses de inadimplência.

De acordo com Rodrigo, a reivindicação é que o Procon Estadual intervenha no sentido de  encontrar uma forma de evitar a perda de veículos que, na realidade, são o “ganha pão” de muitos pais de família. De acordo com o registro no Detran/MS são, pelo menos, 3 600 veículos utilizados nesse tipo de transporte.

“O que reivindicamos é a suspensão temporária da cobrança e o remanejamento das prestações vencidas para o fim do contrato, mesmo que tenhamos de pagar multas. Decreto  federal deveria suspender a cobrança das duas primeiras prestações, entretanto isso não aconteceu e, se acontecesse, não solucionaria o nosso problema, uma vez que estamos desempregados há seis meses”.

Em nome do Procon/MS, Marcelo Salomão se comprometeu em realizar reuniões com representantes dos bancos financiadores dos veículos. “O financiamento configura relação de consumo pura e procuraremos intervir no sentido de encontrar uma solução que minimize o problema  dos transportadores”, comenta. Nesse sentido, vai promover reuniões com os bancos na ordem de quantidade de financiamento por rede bancária.

A pedido do Sintems, encaminhamento de acordos deverá abranger, também, proprietários de vans de turismo que se encontram na mesma situação do transporte escolar, uma vez que a atividade foi praticamente extinta nessa época de restrições.