08/09/2020 09:59
Imasul apela para tecnologia na fiscalização e combate ao desmatamento ilegal
Foi possível constatar que só nesse ano, houve desmatamento ilegal de 2.214,31 hectares em várias regiões do Estado
A tecnologia está sendo a mais importante aliada dos fiscais do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) no controle e combate ao desmatamento ilegal.
Conforme a assessoria, imagens feitas por satélite e com nitidez que aproxima o ambiente a uma distância de meio metro permite que se compare a cobertura vegetal de uma área com registros anteriores.
Caso haja alteração na área e sem a autorização ambiental para supressão vegetal, os fiscais vão ao local e o proprietário é passível de multa e ainda terá que replantar a área desmatada, caso pertença à reserva legal ou APP (Área de Proteção Permanente).
Com essa ajuda da tecnologia, ainda segundo divulgado, foi possível constatar que só nesse ano, houve desmatamento ilegal de 2.214,31 hectares em várias regiões do Estado, o que resultou em autuações no valor de R$ 2.408.300,00.
“Esse trabalho de fiscalizar e autuar é feito em convênio com a PMA, que está presente em todo Estado e tem uma importância fundamental como aliada no combate aos crimes ambientais”, disse o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck. O Imasul é vinculado à Semagro.
O marco zero da cobertura vegetal do Estado é 2017, quando foi adquirido o banco de imagens com alta resolução. Antes, já se utilizavam fotos de satélite para fazer o comparativo das áreas com os mapas apresentados pelo proprietário nos processos de licenciamento ou quando chegavam denúncias de desmatamento. Porém a resolução era baixa, à distância de 30 metros. “No Pantanal isso era complicado porque não é fácil diferenciar a vegetação nativa com a exótica quando a aproximação da imagem é de 30 metros”, explica o diretor de Licenciamento Ambiental do Imasul, Luiz Mário Ferreira.
As imagens de alta resolução servem de base para comparar com imagens capturadas dos satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que são renovadas a cada mês. Havendo diferença na cobertura vegetal, os fiscais vão até a propriedade para fazer a verificação in loco.
Isso também acontece em processos de licenciamento para supressão vegetal. Esse trabalho antes era feito de forma manual, com fitas métricas percorrendo extensas áreas a cavalo ou a pé. Agora outra solução tecnológica – o drone - aumentou em muito a precisão e reduziu o tempo da análise. O que podia demorar até três dias agora é feito em meio dia, afirma Luiz Mário.