Animais mutilados e fechados em gaiolas apertadas, com restrição de movimentos e sem iluminação. Esse foi o cenário encontrado pela PMA (Polícia Militar Ambiental) e fiscais do Imasul na casa de um pedreiro de 41 anos, no bairro Noroeste, em Campo Grande.

Os policiais foram ao local neste domingo (6), após denúncia anônima. No momento, não havia nenhuma rinha acontecendo, mas as condições dos galos demonstravam que uma luta tinha sido realizada há pouco.

Os animais eram mantidos em gaiolas de madeira e algumas extremamente apertadas, com restrição de movimentos, privação de luz solar e circulação aérea inadequada, o que, por si só, caracteriza maus-tratos.

Alguns dos galos domésticos da espécie galo-índio (Gallus gallus domesticus) apresentavam diversos ferimentos na crista e peito, bem como todas as aves apresentavam-se mutiladas, com as esporas cortadas.

Segundo a PMA, além disso, havia galos muito feridos, alguns banhados para a retirada do excesso de sangue, devido a luta que acabara de acontecer.

No galo banhado havia ferimentos em seu peito, pescoço, asas e cabeça. Vários outros galos estavam com ferimentos na cabeça, olhos, cortes, devido às lutas.

O pedreiro confessou que tinha havido lutas de galos no local antes da chegada dos Policiais e fiscais. 24 galos e todas as gaiolas também foram apreendidas.

O infrator foi conduzido à delegacia de Polícia Civil na Capital e responderá por crime ambiental de maus-tratos a animais, com pena prevista de três meses a um ano de detenção. Ele também foi autuado administrativamente e foi multado em R$ 12 mil.