Economia

04/09/2020 12:26

Feijão e banana têm redução de preços, mas arroz e carne limpam bolso do campo-grandense

Pão francês, trigo, tomate e até o cafezinho completam lista dos 'vilões' nos mercados da Capital

04/09/2020 às 12:26 | Atualizado 04/09/2020 às 19:01 Diana Christie
André de Abreu

Pesquisa realizada pelo DIEESE mostra que o arroz, a carne bovina e o leite integral são os novos vilões no preço da cesta básica em Campo Grande, ao lado do óleo de soja, que surpreendeu os consumidores na semana passada, chegando até R$ 5,20 em vários mercados e hipermercados.

Segundo o levantamento, o arroz teve aumento de 13,61% na comparação de agosto com o mês anterior. A carne bovina de primeira aumentou 8,89%. Neste caso, a justificativa estaria na baixa oferta de animais para abate no campo e o desempenho recorde das exportações, em especial para a China.

O leite integral teve reajuste médio de 7,17%,  seguido pelo pão francês (5,35%), farinha de trigo (3,92%), tomate (3,32%) e café (0,35%). Como já dito, o óleo de soja foi o item com maior variação (31,85%) e preço médio de R$ 4,69 a garrafa de 900 ml.

A redução mais expressiva foi observada no preço do feijão carioquinha (-25,53%), sendo R$ 6,74 o preço médio do pacote de 1 quilo do grão. Também registraram redução de preços em relação ao mês anterior: banana (-12,21%), batata (-11,78%), açúcar (-3,29%) e manteiga (-0,39%).

Em agosto, a cesta básica passou a custar R$ 484,46 na Capital. Para uma família composta por quatro pessoas, a cesta fica em R$ 1.453,38. A variação mensal é de 0,97%. Nos últimos 12 meses, foi um aumento de 18,71% no preço dos alimentos.  

De acordo com o DIEESE, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica é de 101 horas e 59 minutos, comprometendo 50,12% do salário mínimo líquido.

“Com base na cesta mais cara, que, em agosto, foi a de São Paulo (R$ 539,95), o DIEESE estima que o Salário Mínimo Necessário deveria ser equivalente a R$ 4.536,12, o que corresponde a 4,34 vezes o mínimo vigente de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças”, aponta o relatório.