12/08/2020 19:00
Cemitério diz que 'sumiço de cadáver' foi autorizado por filha, mas não evitou bizarrice em enterro
Empresa prometeu solução após os efeitos da pandemia da covid-19 amenizarem
A administração do Cemitério Memorial Park, esclareceu, nesta quarta-feira (12), que tinha autorização prévia para exumar o cadáver do pai de uma de suas clientes, Maria de Fátima da Silva Santana. No entanto, a empresa deveria ter colocado os restos mortais dele junto da esposa dele, falecida no sábado (8), o que não ocorreu.
Para entender a denúncia de Maria de Fátima da Silva Santana, clique aqui.
Ainda segundo o Memorial Park, a exumação de Nelson Marciano Santana, enterrado em 2011, estava previsto no plano pós vida, o que a cliente reconheceu. No entanto, o desgosto da filha se deu em razão dos restos mortais do pai não estarem disponíveis no dia que ela enterrou a mãe, vítima da covid. Ou seja, desgosto em dobro.
Maria de Fátima lembra que, embora estivesse a exumação estivesse autorizada, não houve comunicação à família, o que poderia evitar sofrimento maior aos entes. Ela destaca que no sábado, vários sepultadores vasculharam gavetas e jazigos em busca dos restos do pai e não encontraram. Inclusive, o enterro, que era para ser rápido, em razão da covid, atrasou cerca de três horas.
Nesse dia, no sábado, diz Maira de Fátima, o cemitério não soube responder o que teria ocorrido com os ossos de seo Nelson.
"Imagina você enterrar uma pessoa e descobrir que os ossos da outra pessoa sumiram? É um osso, tudo bem, mas é de um ente querido da gente...’’, lamentou Maria de Fátima.
O cemitério disse ainda que parte do problema ocorreu porque, neste momento, o número de sepultamentos é muito grande em razão da pandemia e prometeu solucionar o caso assim que a demanda reduzir.
''Assim que for possível, dentro de um cronograma adaptado para esse novo momento de altíssima demanda devido à Covid-19, em que se dará a preferência aos sepultamentos, nossa equipe fará a remoção'', diz a nota do Memorial Park.