04/08/2020 08:44
CONTAR: PSL é acusado de fraudar candidaturas, falta de transparência e erros na prestação de contas
Deputado tenta sair do partido para seguir o presidente Jair Bolsonaro
Tentando deixar o PSL para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro, o deputado estadual Capitão Renan Contar denuncia uma série de irregularidades do partido, que vem ganhando destaque na imprensa nacional.
Segundo ele, o PSL “deixou de cumprir o compromisso assumido de adotar uma postura de integridade, correção, respeito às leis, sem quaisquer eiva corrupção ou de utilização da agremiação partidária para atender a fins ou interesses pessoais”.
Contar cita desde fraudes em candidaturas de mulheres, bem como na aplicação e distribuição indevida de recursos do fundo partidário, além de irregularidades graves nas prestações de contas, que vêm sendo objeto de apuração na seara criminal e, também, junto ao Tribunal Superior Eleitoral.
“Tudo a denotar a falta de transparência com as contas da sigla, até hoje sem a devida prestação, além de ações duvidosas que resultaram em denúncias apuradas pela Polícia Federal. Com isso, o PSL foi destaque nas mídias com as seguintes manchetes: “Polícia Federal indicia Bivar e três candidatas laranjas do PSL em Pernambuco” e “PSL paga aluguel à empresa de Luciano Bivar, presidente nacional do partido”, como amplamente divulgado por veículos como tais como Carta Capital, Folha Press, Folha de São Paulo, dentre outras”, diz Contar.
Segundo o deputado, na contestação apresentada ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) à sua saída da legenda, o PSL não esclarece essas ocorrências, “tampouco demonstra não terem acontecido esses fatos, limitando-se a alegações genéricas, sem ligação direta com o que foi apontado, permanecendo obscuros, indefensáveis e graves as condutas trazidas ao conhecimento público, gerando o descrédito e ferindo o conceito e imagem da agremiação frente aos cidadãos do Brasil”.
Nas alegações, o partido elenca menções relacionadas a parlamentares do âmbito federal, sem ligação direta com a conduta do estadual. A defesa do partido apontou como testemunhas pessoas mais ligadas ao cenário nacional, dentre elas Rhiad Abdulahad, sócio da senadora Soraya Thronicke, que é presidente regional do PSL-MS.
“Além de requerer o cargo do deputado e não apresentar alegações fundamentadas, a falta de compromisso com as bandeiras contidas na cartilha do PSL, norteadoras de seus projetos e mandato, que constam no estatuto, mas que na prática não sendo esquecidas, autoriza a desfiliação do parlamentar Capitão Contar por justa causa, em respeito aos seus eleitores (78.390 mil – quantidade histórica para as eleições de MS de 2018)”, aponta Renan.
O processo segue em análise no TRE/MS.