Interior

02/08/2020 09:30

Em Aquidauana tem gente que critica lockdown, mas fica na rua no ‘teras’

Um dia antes do fechamento, ônibus lotados chegaram na cidade para o fim de semana

02/08/2020 às 09:30 | Atualizado 02/08/2020 às 13:43 Vinícius Squinelo
Tudo liberado nas ruas da cidade - Repórter Top

Com acelerada evolução e alta letalidade da covid-19, Aquidauana fechou. Literalmente. De lojas a entradas na cidade, o lockdown teve início no fim da noite de sexta-feira (31) e vai até o dia 7 deste mês. A medida extrema é criticada por parcela da população, a mesma que fica na rua tomando tereré e andando sem máscara.

Para se ter uma ideia, dois ônibus lotados chegaram na cidade pouco antes do início do lockdown. O sábado começou com aglomerações na rua Bichara Salamente, por exemplo. Rodas de conversa, bebidas e tereré.

Até na esquina do Hospital Regional da cidade foram registradas aglomerações, conforme apurou a reportagem.

Hoje a cidade tem 387 contaminados – 18 só nas últimas 24 horas – e 12 óbitos.

Os ônibus que chegaram na cidade tinham como origem o Distrito Sanitário Especial Indígena. Representantes da região estiveram, dias atrás, em aglomeração inclusive com políticos, e há até a cobrança para a montagem de um hospital de campanha no local. Porém, as aglomerações no centro são contraproducentes se o objetivo é conter a doença. Até barreira sanitária foi arrancada para liberar acesso a Piraputanga

Em Aquidauana, a letalidade do Sars-Cov-2, o novo coronavírus, é de 3,1%, mais que o dobro da média de Mato Grosso do Sul.