Campo Grande

03/08/2020 07:00

Em uma semana, Santa Casa viu pacientes de covid lotarem UTI em Campo Grande

Explosão no número de casos fez hospital abrir leitos para a doença

03/08/2020 às 07:00 | Atualizado 03/08/2020 às 09:54 Thiago de Souza
Reprodução Santa Casa

A Santa Casa de Campo Grande está com todos os dez leitos de UTI adultos para a covid-19 ocupados, nesta quarta-feira (29). O hospital passou a receber pacientes da nova doença – há cerca de uma semana – em razão da explosão do número de casos na cidade. 

Até então, segundo a assessoria da SC, a unidade atuava apenas com um hospital de retaguarda. Os pacientes suspeitos de covid eram todos direcionados para o Hospital Regional, que é referência para a doença. 

Conforme o hospital, ao todo são 90 leitos de UTI adultos, sendo que dez foram destinados para pacientes com o novo coronavírus e 80 para os não-covid. A taxa de ocupação dos leitos adultos de quem não tem a covid é de 98%. 

Ainda segundo a unidade hospitalar, em relação aos leitos de enfermarias adulto em todo o hospital, a taxa de ocupação é de 85%. 

Mais leitos

A Prefeitura de Campo Grande já promoveu mudanças e planeja outras para reduzir a ocupação de leitos de UTI de pacientes vítimas de acidentes de trânsito e ocorrências violentas como tiros e facadas. 

A primeira medida foi anunciada nesta quarta-feira e altera o toque de recolher para às 21 horas. Neste caso, o público teria maior tempo para comer ou buscar comida nos restaurantes e assim reduzir a circulação de motoboys e consequentemente diminuir os acidentes de trânsito. 

A equipe técnica da prefeitura também planeja outras ações, como blitze educativas no trânsito e para evitar ocorrências como violência doméstica, tiros e esfaqueamentos. Essas situações levam pacientes a ocuparem leitos de UTI que poderiam ser destinados aos doentes da covid.

Segundo o prefeito Marquinhos Trad, de cada 100 leitos de UTI na Capital, 40% estão com pacientes da covid. Outros 37% são de pessoas vítimas de trauma no trânsito ou feridas em ações violentas. Os 23% dos leitos restantes são de pessoas com problemas como acidente vascular cerebral e infarto, entre outras.