15/07/2020 14:17
CRAS passará por obra de R$ 3,8 milhões e ganhará clínica nova
Unidade de reabilitação de animais silvestres de MS é referência no Brasil
O CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres) ganhará nova clínica em Campo Grande, orçada em R$ 3,8 milhões. Serão 1.153,33 metros quadrados de área construída, com prazo de 540 dias para conclusão.
“Luta antiga, a nova clínica vai dar uma importante estrutura para o trabalho de recuperação dos animais silvestres. Além de ampliar o espaço, (a obra) ainda dá melhores condições de trabalho para os servidores e possibilita parcerias. O local poderá funcionar como escola de residência para cursos de veterinária e biologia, entre outros, e formar mão de obra especializada”, destacou o governador Reinaldo Azambuja (PSDB).
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Jaime Verruck, o CRAS do Estado é pioneiro no mundo em procedimentos avançados, como o implante de bico em uma arara Canindé e a criação de uma prótese em impressora 3D para implantar em um mutum, pássaro de grande porte que foi vítima de atropelamento.
“O Cras já vem desempenhando um serviço de excelência no atendimento aos animais vítimas de atropelamento, de maus-tratos ou do tráfico. Agora, com as novas instalações, amplas e devidamente equipadas da clínica, será possível ampliar esses serviços e alcançar um índice ainda maior de reabilitação”, frisou Verruck.
Hoje, cerca de 80% dos animais atendidos pelo CRAS conseguem ser reabilitados. A nova clínica vai incluir espaços administrativos, salas de cirurgia, novos ambientes para quarentena e laboratórios para exames.
Muitos procedimentos mais complexos que atualmente são feitos em clínicas de universidades, passarão a ser realizados no CRAS quando a obra estiver concluída, como exames de Raio-X e ultrassonografia em animais de grande porte ou cirurgias mais complexas.
Desde 1987, quando foi criado, o centro já recepcionou mais de 300 espécies entre aves, répteis e mamíferos, perfazendo perto de 41.000 animais, conforme balanço até o ano passado. Deste total 68% são aves, 20% mamíferos e 12% répteis. O percentual de animais ameaçados de extinção atendidos no local é de 4% em relação ao total de entradas.