26/07/2020 15:15
Enfermeira em Campo Grande ensina banho humanizado em bebês: 'se acalmam e dormem'
Técnica japonesa se torna mais importante em razão da pandemia da covid-19
A enfermeira Néia Mello, 58 anos, chamou a atenção de mães nas redes sociais ao difundir a técnica japonesa do banho humanizado em bebês. O procedimento, garante a profissional, acalma o pequeno e a mãe, e se torna mais importante neste período de pandemia.
Conforme a explicação de Néia, antes, os bebês choravam muito no banho e, além disso, perdiam temperatura. O banho humanizado consiste em enrolar o bebê no cueiro (espécie de pano ou toalhinha) e banhá-lo com essa vestimenta.
''A criança sente que está no útero, envolvido nas entranhas da mãe e, por isso, ela se acalma com aquele paninho quente. Aqui no HU nós usamos um cueiro de flanelinha, que fica bem gostosinho na pele do bebê'', garante a enfermeira.
Banho humanizado ajuda mães e bebês. (Foto: Ascom Santa Mônica)
A técnica é simples e basta colocar o pequeno na água e, aos poucos, ir abrindo o cueiro e lavando as partes da criança. Ela detalha que antigamente se costumava encher a banheira com água que variava de morna a fria.
''A temperatura do corpo humano gira em torno de 36,5º C a 37º C, e por isso a água tem que ser próxima dessa temperatura'', observa Mello.
''O banho é chamado de humanizado porque o bebê não chora e se estiver com cólica, ele se acalma. Quase todos os bebes dormem'', diz a enfermeira que atua no Hospital Universitário em Campo Grande.
Pandemia
Neia destaca que a técnica se torna mais importante nesse período de pandemia, já que muitas mães não podem ter a presença da avó do bebê ou de parentes e precisam que o filho esteja calmo. Ela acrescenta que no hospital, em razão da covid-19, os pais ou acompanhantes não podem ficar juntos.