Política

04/07/2020 13:30

SEM CANTORIA: deputados de MS são contra showmícios em campanha eleitoral

A ideia veio a tona novamente após senador do MDB fazer a proposta no Congresso

04/07/2020 às 13:30 | Atualizado 04/07/2020 às 14:40 Rayani Santa Cruz
Wesley Ortiz

Os deputados, Dagoberto Nogueira (PDT) e Luiz Ovando (PSL) são completamente contra a volta dos “showmícios” em campanhas eleitorais. A antiga “aberração” com as somas: de entretenimento, distração e pedidos de votos, não combinam segundo eles.

A nova proposta PL 3.571/2020 para o retorno da modalidade “show + política” partiu do senador Eduardo Gomes (MDB-TO), e já  tramita no Senado. Os showmícios foram proibidos pela “minirreforma eleitoral" de 2006 (Lei 11.300/2006), em decisão que foi examinada e mantida pelo Tribunal Superior Eleitoral.

Para Eduardo Gomes, que é o líder do governo no Congresso, essa proibição é um erro. Ele defende a utilização de até 20% dos gastos das campanhas de cada candidato em eventos com artistas, até o limite máximo de R$ 20 mil.

Também da base do governo o bolsonarista, deputado Luiz Ovando, afirma que a forma em “showmícios” é má intencionada e desleal aos candidatos. “Sou contra. Quando a gente fala em processo eleitoral, temos que buscar a forma mais honesta e igualitária possível na disputa. Para se manter a alternância de poder, não podemos dar destaque a partidos ou pessoas que possuam mais poder monetário”, diz o parlamentar que classifica a ação como “uma forma de enganar e ilusionar a população”.

Para o pedetista Dagoberto Nogueira, o “showmício” é uma forma de abuso de poder econômico nas eleições. “Eu não aprovo e sou contra. Acho que pagamento de artista é um abuso de poder econômico e traz uma diferenciação grande na disputa”.