Política

01/07/2020 13:15

Prefeitos dizem que se não houver PRORROGAÇÃO DE MANDATOS, eleições devem ser em outubro

Eles citam que adiamento da data para novembro dificulta período de transição e que casos da covid-19 vão aumentar neste período

01/07/2020 às 13:15 | Atualizado 01/07/2020 às 13:34 Rayani Santa Cruz
Reprodução Assomasul

Por meio de videoconferência promovida pela Assomasul (Associação dos Municípios de MS), alguns prefeitos do interior do estado disseram à bancada federal que querem uma definição urgente na data das eleições municipais. Eles desejam que a data permaneça no dia 4 de outubro,  caso não haja a prorrogação de mandatos.

Ao abrir o encontro, o presidente da Assomasul, prefeito de Bataguassu, Pedro Caravina comentou sobre a dificuldade dos municípios na crise e reforçou o estudo encomendado pela CNM (Confederação Nacional de Municípios) que aponta a impossibilidade de realização das eleições este ano devido aos casos crescentes de infecção do Covid-19 em todo país.

Conforme a Associação, a posição dos prefeitos para que as eleições sejam realizadas em 4 de outubro, é caso não haja consenso para sua prorrogação, em vez de serem adiadas para novembro. Outra preocupação dos prefeitos é com relação ao tempo que eles vão ter para fazer campanha e para cumprir o processo de transição de governo, incluindo o fechando das contas e entregar os cargos à seus sucessores.

Opinião da Bancada

O Senado aprovou a PEC 18/2020 (Proposta de Emenda Constitucional) que prevê a realização das eleições nos dias 15 (primeiro turno) e 29 de novembro (segundo turno), agora o texto terá de ser votado agora pela Câmara.

A senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) disse que o Senado, tem se baseado nas orientações dos médicos especialistas, por isso prefere aguardar para ter uma posição sobre o tema.  

O deputado Beto Pereira (PSDB-MS) afirmou que sempre defendeu a unificação das eleições no país, com 5 anos de mandato e sem reeleição, como forma de economia para o país. No entanto, prefere nesse momento observar aquilo que a ciência diz e seguir a posição do Senado pela realização do pleito em novembro.   

Da mesma forma, a tucana Rose Modesto (PSDB-MS) defendeu esperar a indicação de um melhor caminho, sobretudo a orientação das autoridades especializadas em saúde pública.

O deputado Vander Loubet (PT-MS) disse que a definição sobre o calendário eleitoral passa necessariamente por uma decisão do Centrão, que conta com 200 parlamentares, e a ideia de prorrogação de mandatos não reúne consenso.

O deputado Fábio Trad (PSD-MS) também se posicionou favorável a orientação das autoridades de saúde e sinalizou apoiar a realização das eleições em duas etapas, do jeito que a matéria passou pelo Senado.

Já a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que sempre foi municipalista,  e considera legitimo o pedido dos prefeitos nesse momento de crise.

O deputado Dr. Luiz Ovando (PSL-MS), que é médico, defendeu a manutenção das eleições em 4 de outubro, por entender que a situação não irá mudar muito em novembro em relação a pandemia.

Os prefeitos participantes foram: Waldeli dos Santos Rosa, de Costa Rica,  prefeito de Bela Vista, Reinaldo Piti, prefeito Tuta de Ivinhema, prefeito Willian do Banco de Pedro Gomes e Hélio Peluffo de Ponta Porã.