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22/06/2020 19:43

OMERTÀ: Juiz de MS mantém Jamil Name em presídio de Mossoró

Magistrado disse que vidas de autoridades estão em risco

22/06/2020 às 19:43 | Atualizado 22/06/2020 às 20:07 Thiago de Souza
Wesley Ortiz - arquivo

O juiz Mário José Esbalquerio Júnior, da 1ª Vara de Execuções Penais de Campo Grande determinou que o empresário Jamil Name, 82 anos, siga no presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O magistrado alegou uma trama para matar autoridades no MS. 

A decisão foi inserida no processo nesta segunda-feira (22), mas assinada em 19 de junho, um dia após a deflagração da 3ª fase da Operação Omertà. 

No dia 5 de junho, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, havia concedido liminar para a defesa de Name, por considerar o preso idoso e com problemas de saúde. Pela decisão do ministro, o empresário deveria voltar para o presídio estadual, no Jardim Noroeste. 

No entanto, o juiz Esbalqueiro destacou que a decisão dele nada tem a ver com a liminar de Marco Auréio. Em sua justificativa, o juiz estadual destacou que a 3ª fase da Omertà sugere que a organização criminosa ainda está em funcionamento e apontou também para a periculosidade do grupo, que negocia armamentos pesados. 

Outro argumento de Mário José é que o grupo ainda trama a morte do delegado do Garras, Fábio Peró e de promotores de Justiça e defensores públicos. O trabalho dessas autoridades teria deixado os chefes do grupo insatisfeitos. 

Na decisão, o juiz sugeriu que, por questões de saúde, Name fique preso no Presídio Federal de Campo Grande, para que tenha proximidade com a família.