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20/06/2020 18:32

Ex-capa da Playboy, Pamela Pantera é investigada por traficar cocaína no DF

A paulistana criada em Brasília coleciona clientes abastados do funcionalismo público federal, no Executivo, Legislativo e Judiciário

20/06/2020 às 18:32 | Atualizado 20/06/2020 às 14:57 Willian Leite
Arquivo pessoal

A cor dos cabelos muda regularmente, assim como o nome, mas os olhos são sempre de um verde profundo. A  garota de programa de luxo Flávia Tamayo, 25 anos, também conhecida como Pamela Pantera, entrou na mira da Polícia Civil do Distrito Federal por abastecer clientes de alto poder aquisitivo da capital da República com porções de cocaína.

Capa de revistas masculinas famosas, como a Playboy – edição publicada em Portugal – e a Sexy, e estrela de filmes eróticos da franquia Brasileirinhas, Flávia foi alvo de mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Rede, deflagrada pela PCDF esta semana.

Segundo o site Metropoles, com quase 120 mil seguidores em suas redes sociais, Flávia se apresenta como empresária, modelo, atriz e dançarina. A paulistana criada em Brasília coleciona clientes abastados do funcionalismo público federal. São integrantes dos Poderes Executivos, Legislativo e Judiciário.

A movimentação de homens ávidos por prazer fácil sempre fez Flávia faturar alto, tanto com programas quanto com a venda de pó. A entrega dos entorpecentes era feito por meio de taxistas, que deixavam os papelotes em um flat, no Setor Hoteleiro Norte, onde a garota de programa é acostumada a atender os homens que a procuram por horas de sexo no mais absoluto sigilo.

Flávia e outras garotas de programa foram alvo de mandados de busca e apreensão durante a operação deflagrada nessa sexta-feira (19), após investigações conduzidas pelas 5ª Delegacia de Polícia (área central). Ao todo, cerca de 200 policiais cumpriram 37 mandados de busca e apreensão em 10 regiões administrativas do Distrito Federal.

A ação desmantelou seis grupos criminosos especializados no tráfico de cocaína e drogas sintéticas em áreas nobres de Brasília. Duas dessas quadrilhas eram formadas por garotas de programa. Alguns dos alvos mantinham entorpecentes em casa e foram presos em flagrante. Ocorreram pelo menos 10 detenções.

Fora de Brasília

Metrópoles apurou que Flávia estava fora do Distrito Federal quando os mandados de busca foram cumpridos em dois endereços vinculados a ela: um apartamento em Águas Claras e o flat no Setor Hoteleiro Norte. A Polícia Civil não informou o que  foi apreendido nos imóveis.

A mulher estava em Florianópolis (SC) no momento da operação desencadeada pela PCDF. Ela teria viajado para a cidade catarinense a trabalho.

A garota de programa alvo de investigação por envolvimento com o tráfico de drogas posou para as lentes da revista Sexy em outubro de 2018 e teve a vista da Esplanada dos Ministérios como pano de fundo para o ensaio fotográfico.

No ano seguinte, atravessou o oceano Atlântico e estampou capa da revista Playboy em Portugal. A edição saiu em fevereiro de 2019. No Brasil, a modelo fez sucesso na indústria do cinema pornô, estrelando uma série de filmes da franquia da Brasileirinhas.