18/06/2020 12:45
Omertà: defesa de Jerson Domingos reclama de ação policial
Advogado mostrou indignação por não saber o motivo da prisão do cliente
André Borges, advogado de defesa do ex-deputado Jerson Domingos, preso hoje (18) na 3ª fase da Operação Omertà, reclamou da ação policial.
Ele fala que nem sabe o motivo da prisão do cliente. “Até agora não sabemos o motivo da prisão, o que acho errado, mas é frequente nessas operações. Só acho que é um direito de todo cidadão ao ser preso, ser informado de qual razão. Não é ilegal, mas é incorreto”.
“Você é preso às 6h da manhã na sua casa, você não sabe, nem ele, nem eu. Esperar”.
O ex-deputado estadual Jerson Domingos chegou à sede do Garras dirigindo e se irritou com jornalistas, no início da tarde de hoje (18).
Aos profissionais da imprensa, o atual conselheiro do Tribunal de Contas, que é alvo da terceira fase da Omertà, disse que poderia fotografar, porém, de longe.
"Pode baixar, pode fotografar de longe, não vem encostar no meu carro", disse empurrando celular de fotógrafo do TopMídiaNews.
Jerson foi preso preventivamente nesta manhã. A operação Omertà desmantelou associação que promoveu assassinatos em todo Estado.
O Gaeco procurava Jerson desde às 6h da manhã e ele foi encontrado por volta das 10h40 em uma fazenda em Rio Negro. Ele chegou a ser detido na 2ª fase da operação, mas por posse ilegal de arma de fogo. Também, à época, prestou depoimento.
Jerson é cunhado de Jamil Name, apontado como chefe da organização criminosa acusada de assassinatos em MS. “De governador a picolezeiro”, a quadrilha prometia botar fogo no Estado, conforme falas do filho de Jamil, conhecido como Jamilzinho.