Geral

08/06/2020 21:11

Simone Tebet diz que Brasil vive 'pandemia política', mas descarta golpe e impeachment de Bolsonaro

Ela vê com maus olhos a aproximação do presidente com o Centrão

08/06/2020 às 21:11 | Atualizado 08/06/2020 às 20:03 Thiago de Souza
Roberto Castello/Flickr Simone Tebet

A senadora por Mato Grosso do Sul, Simone Tebet, disse, durante live ao site El País, nesta segunda-feira (8), que o Brasil vive uma situação de ‘’pandemia política’’. Ela se diz preocupada com a situação, mas descartou golpe militar e impeachment do presidente Bolsonaro. 

Tebet, que é presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, explicou que as instituições têm mecanismos para defender a democracia. Na avaliação dela, o presidente está no ‘’sinal amarelo’’, mas não deve avançar para o ‘’sinal vermelho’’, já que não teria apoio para implementar qualquer medida que afronte a Constituição. 

Para Simone, as Forças Armadas estão compromissadas com o País e não apoiariam a “intervenção militar com Bolsonaro”, como defendida por alguns poucos. “Ninguém apoiaria a ruptura da liberdade. Ainda há tempo para um freio de arrumação”.

Para Simone, o momento exige o retorno aos trabalhos presenciais no Congresso. Ela lamentou que as sessões virtuais já estão ocorrendo há cerca de 90 dias.

Impeachment? 

A presidente da CCJ também não acredita na possibilidade de impeachment neste momento. Para ela, ainda não há fato determinado para se instruir o processo contra Bolsonaro. Ela lembrou que nos impeachments de Collor e Dilma a motivação foi a corrupção. Agora é preciso aguardar o inquérito das Fake News (STF) ou CPI das Fake News, para verificar se haverá alguma prova. 

No entanto, Tebet avalia que as palavras e equívocos do presidente servem apenas para enfraquecê-lo junto à classe política e à população. 

Centrão 

Em relação à aproximação de Bolsonaro com o Centrão, a senadora disse: “Ele peca duas vezes: no confronto com Congresso Nacional e demais instituições e chamando as pessoas erradas para fazer parceria com ele”.