Campo Grande
04/06/2020 21:11
Registro mostra que PM foi imparcial em ocorrência com tiro de Guarda Municipal
Episódio é reflexo de richa entra as duas corporações em Campo Grande
Repórter Top
Boletim de ocorrência, registrado pela Polícia Militar, da região do Tiradentes, não mostra parcialidade da corporação, na condução de um caso, onde um Guarda Municipal atirou em um homem que o agrediu, na manhã desta quinta-feira (4), no Jardim Panorama, em Campo Grande.
Conforme o BOPM, o guarda municipal Claudinei Santos de Alencastro, caminhava pela rua Londrina, no Jardim Panorama, quando foi abordado por um homem, que depois foi identificado como Márcio Irala Barbosa. O GCM foi confundido com um suspeito de roubar uma casa na região, no último domingo, e, mesmo se identificando como agente da Guarda, foi dominado e agredido por Márcio.
Ainda segundo a ocorrência, um outro homem, que veio a ser identificado como Rui Inácio Schabarum, se juntou a Márcio nas agressões e agarrou Claudinei por trás. Mesmo dominado, o Guarda sacou um revólver calibre .38, que é da corporação, e atirou contra Márcio. Ele relata que, mesmo após o disparo, continuou sendo agredido e teve o armamento tomado.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e atendeu Márcio Irala, que foi levado para a Santa Casa. Claudinei e o outro envolvido foram levados para a 3ª Delegacia de Polícia, no Carandá Bosque. A arma usada pelo Guarda ficou aos cuidados dos militares dos Bombeiros, que entregaram depois para a Polícia Militar.
Embora o registro da ocorrência da PM, que é entregue na Polícia Civil, não mostre parcialidade dos militares quando ao agente da Guarda, o presidente do Sindicato dos Guardas Municipais, Hudson Bonfim, acusa a corporação de registrar Márcio Irala como vítima na ocorrência, sendo que ele seria o agressor.
Ainda segundo o sindicato da Guarda, o advogado escalado para defender Claudinei não teria tido acesso à ocorrência na delegacia. Um subtenente da PM nega o fato e alega que o defensor do Guarda estava alterado.