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há 4 anos

Alexandre de Moraes dá cinco dias para PF ouvir Weintraub: 'É gravíssimo'

Ministro do STF disse que declaração pode incorrer em cinco crimes

26/05/2020 às 18:43 | Atualizado 26/05/2020 às 18:37 Thiago de Souza
José Cruz - Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, deu, nesta terça-feira (26), prazo de cinco dias para que a Polícia Federal colha depoimento do ministro da Educação, Abraham Weintraub. A justificativa foi a fala do ministro que pediu, durante reunião ministerial, a prisão dos magistrados da Corte Suprema. 

"A manifestação do Ministro da Educação revela-se gravíssima, pois, não só atinge a honorabilidade e constituiu ameaça ilegal à segurança dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, como também reveste-se de claro intuito de lesar a independência do Poder Judiciário e a manutenção do Estado de Direito”, escreveu Alexandre de Moraes. 

Alexandre de Moraes é relator de inquérito que apura fake news e ameaças contra ministros do STF. Além dos crimes de injúria e difamação, Moraes suspeita que o ministro da Educação tenha cometido outros, muito mais graves. 

''Tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos Poderes da União ou dos Estados", "Fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para alteração da ordem política ou social", "Incitar à animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis" e "caluniar ou difamar o Presidente da República, o do Senado Federal, o da Câmara dos Deputados ou o do Supremo Tribunal Federal, imputando-lhes fato definido como crime ou fato ofensivo à reputação''. 

Ameaças? 

Em reunião ministerial do dia 22 de abril, cujo vídeo foi divulgado a pedido do ministro Celso de Mello, Weintraub fez um desabafo pessoal a respeito da estrutura política de Brasília. 

“Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia. Começando no STF'', disse o ministro em fala dirigida ao presidente Jair Bolsonaro. 

 

 

 

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