31/03/2020 22:08
Por suspeita ou confirmação de coronavírus, hospitais de SP afastam 600 profissionais
Só no Sírio Libanês foram 104 afastamentos
Desde o mês de fevereiro deste ano, hospitais públicos e privados de São Paulo tiveram de afastar cerca de 600 profissionais que estão com suspeita ou confirmados com o novo coronavírus. O dado foi divulgado nesta terça-feira (31).
Segundo a Agência Brasil, o número de trabalhadores da área da saúde que precisarão ser removidos deve aumentar nos próximos dias. A Justiça paulista autorizou que funcionários do setor, que se enquadrem no quadro de risco para coronavírus, fiquem afastados dos hospitais.
Segundo levantamento do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo (Sindsep), ao menos 190 funcionários do sistema público municipal de São Paulo foram afastados, desde o último dia 15, em razão da suspeita de coronavírus. O Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, no Tatuapé, na zona Leste, é o destaque, com 45 afastamentos.
Na rede privada, dois dos mais importantes hospitais do estado removeram, desde fevereiro, mais de 450 profissionais diagnosticados com o coronavírus. O Hospital Sírio-Libanês afastou 104 funcionários. Já o Hospital Albert Einstein teve de remover 348 dos 15 mil colaboradores (2%), diagnosticados com a doença.
Sem estimativa
No sistema público estadual ainda não há informações sobre a quantidade de profissionais afastados do trabalho em razão da contaminação de coronavírus. No entanto, decisão liminar do juiz do Trabalho Moisés Bernardo da Silva, da 58ª Vara do Trabalho de São Paulo, determinou a liberação dos profissionais que se enquadrem no grupo de risco para o coronavírus.
A decisão beneficia os profissionais do Hospital das Clínicas de São Paulo (HC-SP), do Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe) e os trabalhadores contratados via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) que atuam na administração direta.