17/03/2020 17:00
Deputado cobra fechamento da fronteira em MS e diz que paraguaios lotam unidades de saúde brasileira
Enquanto Paraguai fecha fronteira, Brasil continua de ‘portas abertas’ com alto fluxo de atendimento na rede
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT/MS) cobrou atitude mais enérgica de secretário estadual de saúde, Geraldo Resende e do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta em relação a região de fronteira de Mato Grosso do Sul. Ele acha importante o Brasil fechar as fronteiras para diminuir o impacto de contágio do Covid-19 e lotação dos postos de saúde e hospitais brasileiros.
“O secretário de saúde [Resende] tem que tomar atitude. Se nossa saúde pública é ruim imagina deles. Eles sempre utilizam nossa estrutura do SUS [Sistema Único de Saúde], frequentam as cidades vizinhas e acabam usando nossas unidades de Ponta Porã, Paranhos, Coronel Sapucaia, ou seja, eles fecham a fronteira deles lá e a gente fica aberto pra receber aqui”, desabafou.
O parlamentar explicou que o impacto nos próximos dias será muito grande, caso não haja uma medida realmente efetiva. Para ele o país vizinho, que fechou a fronteira parcialmente das 20h às 4h, pode ser um grande propagador do coronavírus em Mato Grosso do Sul, já que a circulação continua normal durante o dia.
O deputado acha viável que a parte brasileira, no caso MS também feche a fronteira. “Já deveria ter fechado a fronteira e eles estão demorando a fazer isso”, diz.
Questionado o deputado federal Fábio Trad (PSD/MS) também acha a medida viável desde que haja consenso entre o governo do estado e Ministérios. "Penso que sim, mas isto deve ser feito em sintonia com o Ministério da Justiça para que não haja nenhuma intercorrência legal ou econômica na medida", explicou.
O governador de Roraima, Antônio Denarium (PSL), já enviou ao governo federal um ofício pedindo o fechamento da fronteira do estado com a Guiana e a Venezuela em razão da pandemia de coronavírus.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM) também é a favor do fechamento das fronteiras brasileiras.