Saúde

15/03/2020 17:25

Campo-grandense ‘dá banana’ pra proteção e manifesto vira CoronaFest

Apertos de mãos, abraços e muita afetividade e revolta

15/03/2020 às 17:25 | Atualizado 15/03/2020 às 17:26 Vinícius Squinelo
Organização falou em itens obrigatórios, mas foi ignorada - André de Abreu

Parte com proteção de máscaras, parte sem proteção nenhuma. Apertos de mãos, abraços e muita afetividade e revolta. Assim foi o manifesto do já chamado ‘Dia do Foda-se’ em Campo Grande. Mas, pode ser chamado também de CoronaFest.

Mesmo com todas as recomendações médicas e de infectologistas mundo afora, na Capital quem resolveu manifestar não teve muito cuidado não, pelo menos uma boa parte. Ambiente propício para a propagação do COVID-19, que já tem 53 notificações e dois casos confirmados em Mato Grosso do Sul, a maioria em Campo Grande.

O público foi moderado, uma carreata ocupou a avenida Afonso Pena, do Shopping Campo Grande à Cidade do Natal. A escolha do uso de carros e motos foi claramente bem feita, já que mascarou a quantidade de público que, nem de longe – na verdade nem aos pés – dos movimentos de 2015, por exemplo, quando a população, a pé, ocupou do centro ao Parque dos Poderes.

O Dia do Foda-se defende a política do presidente Jair Bolsonaro e, impulsionado pelas palavras do general Heleno, quer dar um basta na chamada ‘velha política.
“Não é um vírus que vai parar o braseiro, o que vai parar o brasil é o vírus da velha política”, afirmou a cuidadora de idosos Valdete Lemes, 42 anos.


O Batalhão de Trânsito e a Agetran acompanham a movimentação. Ambos sem números exatos da quantidade de carros no local.