Política

12/03/2020 14:35

Coronavírus: proximidade do MS com o Paraguai preocupa Assembleia

Cidades fronteiriças estão em alerta, pois o país vizinho já contabiliza casos de coronavírus

12/03/2020 às 14:35 | Atualizado 12/03/2020 às 14:33 Rayani Santa Cruz
Wesley Ortiz

A fronteira do Brasil com Paraguai e Bolívia, já preocupa parlamentares de Mato Grosso do Sul, que preveem um aumento no número de casos de coronavírus nos próximos dias. O assunto foi bastante comentado durante sessão da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (12).

O líder do governo, deputado Gerson Claro (PP) explicou que a Secretaria Estadual de Saúde e Secretaria de Educação já estão planejando ação conjunta para conscientização da população. 

“Somos vizinhos do Paraguai, e o país tem muito movimento de comércio, pessoas vindo da China. Agora, vai haver uma ação rápida da Secretária de Saúde e Secretária de Educação e eu solicitei que a Assembleia trate esse assunto com essa responsabilidade”.

Claro defende também que o Poder Público não dará conta sozinho e é necessária atitude da sociedade em geral, em relação a cuidados pessoais de higiene. “É um comportamento pessoal, que afeta toda a sociedade. O primeiro momento é a conscientização e a possibilidade de poder fechar escolas é natural, tudo depende do número de casos que vier a se confirmar”.

Para Marçal Filho (PSDB) concorda que a proximidade com o Paraguai deve deixar MS em  alerta e principalmente cidades próximas a fronteira. Ele cita que a realidade dos municípios do interior é diferente e que existe necessidade de estrutura adequada, já que para doenças comuns do dia a dia, o sistema já é defasado. 

Ele afirma que Dourados, por exemplo, não tem aparatos para atender a grande demanda que está prevista nos próximos dias. Apesar disso, ele comenta que existe boa vontade do Ministério da Saúde, mas lamenta que não haja tempo suficiente para o preparo para combate à doença. 

“O ministro Mandetta se antecipou a ordem da OMS, ele já falava que deveria ser decretada a pandemia. Existe boa vontade dele e está bem organizado. Questão orçamentária também está conversada com o Congresso Nacional. Tem que se pensar nas estruturas de saúde para atender a população”, finalizou.