Política

29/03/2020 11:30

Em crise, PSL de Três Lagoas perde 80% da chapa de pré-candidatos

Debandada se deu após ‘grupo mais radical’ assumir diretoria

29/03/2020 às 11:30 | Atualizado 29/03/2020 às 13:30 Rayani Santa Cruz
Soraya e Trutis, representantes federais da sigla - Reprodução Facebook Soraya Thronicke

O PSL de Três Lagoas está sofrendo grande debandada e segundo o ex-presidente municipal, Walter Bogamil, 18 pré-candidatos ao cargo de vereador resolveram sair do partido após ala radical assumir a diretoria e bafão'' envolvendo o tenente e pré-candidato à prefeitura. Ele revela que sentiu-se traído ao ser praticamente “retirado” da presidência pela diretorial estadual, presidida pela senadora Soraya Thronicke.

Segundo informações de Bogamil, que teve a saída divulgada por nota, sobraram apenas quatro pré-candidatos ao cargo de vereador pela chapa, já enfraquecida e manchada devido o envolvimento do pré-candidato Ênio de Souza, em caso de agressão e ocorrência policial. 

A senadora chegou a dar entrevista em uma rádio da cidade e avisou que àqueles que divulgassem o caso do tenente, seriam processados por calúnia e difamação. Walter discorda. “Quando você entra na vida pública como concursado ou política, tem que se acostumar. A imprensa está aí para divulgar e infelizmente ficou muito feio pra eles”.

Ele diz que haviam 180 filiados na sigla até dezembro passado, e que haverá grande debandada após o racha. Ele e os 18 que saíram devem se afiliar no Republicanos, ainda neste mês. “Tínhamos esse número, mas muitos desistiram e vão desistir por conta do radicalismo. Familiares e amigos que tinham se filiado para apoiar os pré-candidatos, já iniciaram o processo de desfiliação”.

Apesar de ter dado apoio a campanha da senadora Soraya em 2018, Bogamil não concordou com a pré-candidatura do coronel da PM, e por isso,  foi jogado de lado, segundo ele. “Eu não ia apoiar de forma alguma o tenente-coronel, e eles queriam porque achavam que deveria ser um policial”.

Se a carruagem do PSL continuar dessa forma em MS, daqui há alguns meses a presidente regional estará praticamente sozinha em um partido com poucos políticos e sem grandes apoiadores. A tendência é não sobreviver, já que, nessas eleições candidatos a vereança deverão disputar sem coligação. 

Em contato com a assessoria de comunicação da senadora para saber sobre o assunto foi dito que ela estava em trânsito. Até o fechamento da matéria não houve resposta e se houver será inserida no texto.