Campo Grande

04/02/2020 19:35

Menino atropelado e amputado questiona mãe: 'quando minha perninha vai crescer de novo?'

Família precisa de ajuda para seguir o tratamento na Santa Casa de Campo Grande

04/02/2020 às 19:35 | Atualizado 05/02/2020 às 08:27 Thiago de Souza
Foto cedida ao Diário Corumbaense

O menino Marcos Wellyton da Silva Oliveira, de sete anos, ainda não se conformou em perder uma das pernas após atropelamento por ônibus, em 14 de janeiro, em Corumbá. À mãe, ele pede uma faca para se matar e às vezes pergunta: ''quando minha perna vai crescer de novo?''.

Conforme o Diário Corumbaense, Naira Helena da Silva Miranda relatou, emocionada, o quanto tem sido dolorido a revolta e os questionamentos do filho.

''Escutar da boca do filho que ele não quer mais viver...que nunca mais vai poder jogar bola, correr, é uma das piores dores que uma mãe pode ter'', lamenta.

Do dia do acidente de trânsito, Marcos Wellyton se tratou em Corumbá, mas em 29 de janeiro ele foi transferido para a Santa Casa em Campo Grande.

Naira desabafa e pede ajuda para o tratamento do filho. (Foto: Leonardo Cabral - Diário Corumbaense)

Acidente

Naira conta que o filho jogava futebol com os amigos e a bola escapou para rua. Na inocência de um garoto, ele correu e foi atropelado por um ônibus. As rodas do veículo passaram em cima das duas pernas dele.    

Ainda segundo a mãe, outro momento desesperador foi quando o pequeno acordou da sedação e não viu mais uma das pernas.

''Ele entrou em desespero que nem eu pude acalmá-lo. Ele só perguntava da perna dele. Foi e está sendo muito difícil”, desabafa  a mulher. Ela lamentou o fato do filho ter precisado de um colchão de ar, uma televisão e um ventilador  no quarto do hospital, mas a empresa dona do ônibus não teria respondido os pedidos dela.

''Um representante [ da empresa] disse que auxiliaria no requerimento do seguro DPVAT e que nessa questão, não poderia ajudar'', contou Naira. O Diário Corumbaense procurou o dono da empresa que disse que a companhia não foi culpada pelo acidente, mas prometeu doar o colchão.

A empresa concessionária, além do transporte, disponibilizou apenas duas bandejas de iogurte, toalhas, um pacote de fraldas e algumas frutas.

A família de Marcos está precisando de ajuda, já que está em Campo Grande e tem custos com transporte de onde está, na casa de familiares, até a Santa Casa. Além disso, necessita do colchão de ar, muleta e fraldas. Os dados bancários para doação são:

Caixa Econômica Federal, Agência: 1568  Operação: 023  Conta : 00017885-4 (conta fácil) CPF: 056 029 601- 04.