Campo Grande

28/01/2020 17:16

Defesa consegue habeas corpus e diz que escrivão da Polícia Civil não tem relação com a Omertà

Rafael Grandini Salles foi preso pelo Garras com munição e cocaína

28/01/2020 às 17:16 | Atualizado 29/01/2020 às 09:21 Thiago de Souza
Reprodução Facebook

O escrivão de Polícia Civil, Rafael Grandini Salles, conseguiu habeas corpus no Tribunal de Justiça nesta terça-feira (28), em Campo Grande. Ele foi preso dia 22 de novembro do ano passado, após achado de 45 gramas de cocaína e munição em uma residência em Ponta Porã, que dividia com outros policiais alvos da operação Omertà.  

A defesa de Salles, composta por Abdalla Maksoud Neto e Cláudio Martins, argumentou aos desembargadores que o cliente, na condição de policial civil, tem porte de pistola 9 milímetros e seria desnecessário ele ter munições de pistola .380.

Os advogados dizem que Rafael mora em Terenos e o achado do ilícito se deu em uma república, ocupada por mais pessoas.

Eles apontaram o que consideram outra incoerência na prisão do cliente.

''Quem mexe com toneladas de drogas não iria ficar com 45 gramas de cocaína'', disse o defensor Claúdio Martins. Ele destacou ainda que a decisão em favor do cliente foi unânime, com três votos dos desembargadores.

              

             Cláudio Martins disse que cliente não tem relação com Omertà. (Foto: Divulgação)

Omertà

Segundo Cláudio Martins, Rafael era responsável pela locação do imóvel, que também era ocupado pelos policiais civis Vladenilson Daniel Olmedo, de 60 anos, e Frederico Maldonado Arruda, 56 anos, estes dois apontados como membros de um grupo de extermínio liderado, supostamente, pelo empresário Jamil Name e o filho, Jamil Name Filho.

''No transcorrer das investigações, foi mostrado que ele não tem nada a ver com os fatos que estão sendo apurados na Omertà'', destacou Martins.

Na ocasião que foi preso pelo Garras, Rafael negou possuir a droga e as munições. Também alegou não ter nenhum vínculo com investigados na Omertà.