Campo Grande

25/12/2019 07:00

VÍDEO: Professor Carlão só soube chorar e dizer 'gratidão' ao encontrar doador de medula óssea

Presentão de Natal: jovem que doou mora no Paraná e também celebrou a vida com o receptor

25/12/2019 às 07:00 | Atualizado 24/12/2019 às 09:21 Thiago de Souza
Carlão fez até camiseta para homenagear o doador - Reprodução

''Eu só chorava'', diz o professor Carlão, transplantado de medula óssea, quando encontrou o doador, Luis Eduardo Pereira Andrade, o ''Dudu'', em Curitiba. O encontro entre doador e receptor aconteceu em novembro deste ano, na capital paranaense.

Um mês após o encontro, Carlos Alberto Rezende ainda se emociona e fala com entusiasmo sobre o momento em que viu a pessoa que salvou sua vida. Ele classifica esse encontro como um presente de Natal antecipado.

''Somos irmãos de sangue. É uma pessoa maravilhosa, tem uma energia incrível", diz Carlão. Ele lembrou que o encontro só foi possível porque ambos aceitaram quebrar o sigilo imposto pela central de transplantes.

''Fui competir no exterior e tinha acabado de chegar no Brasil, em 25 de agosto. No dia 26, que é feriado aqui, recebi um telefonema no INCA [Instituto Nacional do Câncer] informando que o doador tinha assinado a quebra de sigilo, foi emocionante".

A infusão da nova medula em Rezende foi no Hospital Amaral Carvalho, em Jaú, em 2016.  

''Já tinha visto a foto dele no WhatsApp, mas quando o vi pessoalmente, foi maravilhoso'', se emociona Carlão. Rezende destaca que a atitude foi nobre, pois a doação é um ato espontâneo.

O professor destaca uma curiosidade nesse encontro, pelo fato de Dudu ser morador de Rio Azul, ao lado de Curitiba, onde Carlão disputou os jogos Brasileiros para Transplantados, em 24 de novembro.  

''Foi uma coincidência boa, porque foi o 1º campeonato brasileiro e o encontro com ele. Ele me entregou as medalhas e nos abraçamos'', relembra novamente emocionado. A imagens são da RPC, do Bom Dia Paraná, que fez uma reportagem sobre o tema.

O professor Carlão, que hoje comanda o Instituto Sangue Bom, lembra que a curiosidade sobre seu doador é grande.

''A gente quer saber tudo da história do outro. Quando ele doou a medula, tinha 23 anos e você não sabe para quem vai, é muito bacana.

''Literalmente conheci meu irmão de sangue. Somos uma família'', festejou Carlão.

Carlão se emociona ao encontrar doador de medula óssea 'um presente de natal' from Top Mídia News on Vimeo.