Campo Grande

28/11/2019 17:00

Juíza nega soltura de PM que matou bebê no trânsito: 'bebeu e ameaçou testemunha com pistola'

Magistrada viu necessidade de resguardar a ordem pública

28/11/2019 às 17:00 | Atualizado 28/11/2019 às 17:04 Thiago de Souza
Repórter Top

Justiça negou pedido de soltura do policial militar Ezequias Martins dos Santos, envolvido em acidente de trânsito que vitimou uma bebê de um ano, na BR-163, dia 9 de novembro deste ano, em Campo Grande. O fato de ter ingerido álcool e supostamente ameaçado testemunhas com uma pistola foi considerado grave.

A decisão é da juiza de direito Eucelia Moreira Cassal, datada desta quarta-feira (27), em Campo Grande. O sargento Ezequias foi preso em flagrante no dia 10 de novembro e no dia 12 a prisão foi convertida para preventiva.

No relatório, a magistrada aponta que o pedido de revogação da prisão preventiva feito pela defesa de Ezequias ''em nada modificam os fundamento da prisão cautelar decretada" e o fato dele ''ter residência fixa e trabalho lícito não afasta a necessidade da prisão''.

Eucelia Cassal destacou que há indícios fortes de que o policial estaria com os faróis apagados na ocasião do acidente, além de sinais visíveis de embriaguez e '' teria ameaçado testemunha empunhando uma"pistola engatilhada,deixado o local, retornando posteriormente''.

Outro ponto assinalado na decisão é que a condição de policial militar exige ainda mais retidão na conduta social.

Acidente

Um casal e as duas filhas - de um ano e 9 anos, seguiam em um carro Polo em direção a um casamento em uma estância no macroanel viário, entre as saídas para Três Lagoas e São Paulo, no dia 9/11.

O motorista do Polo fez uma conversão para acessar uma estrada sem asfalto que dá acesso à chácara, quando foi atingido de frente por um HB20 conduzido pelo sargento Ezequias.

Pai e mãe foram socorridos, mas tiveram ferimentos leves. Já a bebê, que estava na cadeirinha, sofreu ferimentos graves e a criança de 9 anos foi jogada na pista. As duas crianças foram levadas para a Santa Casa, mas a bebezinha Anna Flávia da Silva Cordon, não resistiu e morreu dia 11.

Tentamos contato com o advogado do policial, mas foi pedido para retornar mais tarde.