Cidades

12/11/2019 17:00

Funcionários denunciam assédio moral no Hospital Regional; secretário nega acusações

Sindicato reclama de falta de apoio em casos de assédio e de sucateamento do hospital

12/11/2019 às 17:00 | Atualizado 12/11/2019 às 13:37 Nathalia Pelzl
Wesley Ortiz - Arquivo

Funcionários do HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) alegam assédio moral por parte de chefias e direção da unidade. Conforme informações do Sintss-MS (Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social de Mato Grosso do Sul), denúncias de assédio tem sido constantes.

Além disso, na manhã de hoje (12), funcionários protestaram em frente à Assembleia Legislativa por melhores condições de trabalho e contra a terceirização do hospital. 

De acordo com o secretário de finanças do sindicato, Alexandre Costa, os números apresentados pelo Governo sobre a situação financeira da unidade são manipulados. “O Governo tem manipulado os números do hospital para justificar a terceirização, nós queremos apresentar para os deputados essa manipulação constante dos números, os números não são reais”.

Ele lembrou que, após a discussão de hoje, o sindicato quer propor um debate sobre os casos de assédio.

“Quase cotidiano os casos de assédio no sindicato, parece que tem uma epidemia de assédio para cima dos servidores da saúde do estado de Mato Grosso do Sul. Está terrível, infelizmente não existe nenhuma política do Governo do Estado. O assédio provoca falta, atestado médico, servidor doente, a gente gostaria de conversar com o governo sobre uma política para combater o assédio”, disse.

Outro lado

Já o titular da SES (Secretaria de Estado de Saúde), Geraldo Resende, defende que os dados são verídicos e estão disponíveis para consulta.

“Os dados que estão aí são os que estão no TCE (Tribunal de Contas do Estado), são dados consolidados pelo Governo do Estado e que estão disponíveis a qualquer momento. São dados tabulados pelo município e encaminhados para o Ministério da Saúde”.

Quanto à questão do assédio, o secretário afirmou que se trata de uma acusação “sem fundamento”.

“Eles estão numa luta, pois a gente quer mudar o hospital, queremos que de fato o hospital responda as necessidades do povo de Mato Grosso do Sul. Não há, de forma alguma, assédio dentro do hospital, até mesmo porque sou democrata, jamais poderia fazer qualquer tipo de iniciativa que pudesse colidir com a minha forma de pensar”.