Política

há 5 anos

De volta ao Conselho de Itaipu, Marun retoma tratativas para construção de ponte em Murtinho

Ele participa de reunião onde tratará sobre a rota bioceânica e a construção de ponte

04/11/2019 às 19:00 | Atualizado 04/11/2019 às 10:14 Rayani Santa Cruz
André de Abreu

O ex-ministro Carlos Marun, que ficou afastado por cinco meses do cargo de conselheiro da Itaipu Binacional, retornou ao cargo com sensação de vitória. O conselheiro diz que já tem reunião marcada para tratar da construção da ponte que liga o Brasil ao Paraguai e a rota bioceânica.

“Volto com muita satisfação e trabalhando muito firme na questão da construção da nossa ponte, a bioceânica que vai unir Porto Murtinho a Carmelo Peralta”. 

O Conselheiro explica que, devido a tensões politicas no Paraguai, a construção teve um atraso. Dia 11 e 12 de novembro, Marun estará em Foz do Iguaçu, onde trata de planejamentos a respeito da ponte. 

Além dessa questão, Carlos Marun diz que já participou de quatro reuniões no Conselho. E, agora, começa a discutir o que vai ser da Itaipu em 2023, quando o investimento que foi realizado na construção da Usina será quitado.

O ex-ministro comentou sobre criticas a respeito do cargo. “Essa conversa de que conselheiro só trabalha por Itaipu a cada dois meses é coisa de gente que não tem conhecimento sobre o funcionamento da empresa binacional. É a critica pela critica. Estou colocando que voltei há poucos dias e já participarei pela sexta vez de atividades ligadas ao funcionamento da empresa”.

Afastamento

Desembargador Rogério Favreto, do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª região), o afastou do cargo por liminar ao início de 2019. Dentre as justificativas estava a ação popular que citava o cargo e valor de R$ 27 mil de salário pelo comparecimento a duas reuniões mensais. 

Após cinco meses, a 3° turma do próprio TRF 4 derrubou a liminar e o político voltou ao cargo. A juíza Vera Lúcia Feil Ponciano da 6ª Vara, julgou como a ação como improcedente.

Marun diz que a derrubada da liminar pela juíza era esperada e, por ser advogado, não sentiu surpresa, afinal a binacional não poder ser considerada uma estatal brasileira. 

“Portanto, a lei das estatais brasileiras não tem validade sobre a gestão de Itaipu. Surpreendente foi a liminar do doutor Rogério Favreto me afastando e deixando Itaipu com um brasileiro a menos no Conselho”, diz.